2006/10/07
Hoje, em Lisboa
2006/10/05
JOSÉ MARIA de ALMEIDA - O Homem e o Artista
Bem se pode dizer que a alma desta iniciativa foi o Presidente da Direcção do Elos de Leiria e Director da Casa-Museu Maria da Fontinha, Dr. Arménio Vasconcelos, superiormente coadjuvado pelo Vice-Presidente do mesmo ELOS CLUBE, Adélio Amaro e com a participação activa de vários outros membros deste clube. É de toda a justiça realçar a íntima e interessada participação de outras entidades, nomeadamente as ligadas à comunidade da terra de nascimento do ilustre pintor homenageado.
Dado que já muito se encontra publicado acerca da vida e obra de José Maria de Almeida e na expectativa de uma grande reportagem deste acontecimento, quer na imprensa de Mangualde quer no Correio de Leiria, não me irei alongar na descrição pormenorizada do que me foi dado assistir pessoalmente na qualidade de membro do já dito Elos Clube de Leiria.
A seguir deixo aqui patente uma pequena mostra das muitas fotografias que recolhi na oportunidade, algumas já hoje, dia 5 de Outubro.
Esta placa toponímica foi descerrada, imediatamente antes da sessão de honra na Biblioteca Dr. Guilherme Alves, na presença do Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, da filha do Pintor homenageado, Ana Rita, do Presidente do Elos Clube de Leiria, outras individualidades e muitas mais testemunhas do acto.
Autoridades e Convidados que compunham a Mesa da Sessão, no momento em que se cantava o Hino Nacional da República Portuguesa imediatamente a seguir a se ter escutado com emoção o Hino Nacional do Brasil. Pode observar-se, no lado direito da foto, o busto do homenageado junto ao qual se encontra o seu autor e grande amigo do Pintor, o escultor brasileiro Gilberto Mandarino.
(continua em próximo post)
2006/10/03
TAGARELICES em Poesia
Maria Fernanda Pereira Leitão e a Folheto Edições & Design, têm o prazer de convidar V. Ex.ª para a apresentação do livro de Américo Farinha, "Tagarelices":
A sessão terá lugar no próximo dia 15 de Outubro de 2006, pelas 15 horas, na Associação da Presa, Presa - Alcaravela. (Sertã)
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É sempre com todo o gosto que dou realce a lançamentos de livros neste meu blog, modesto sim mas de portas abertas a quem quer que seja onde quer que esteja. Com uma única condição:
Venha em Paz!
2006/10/01
DIA INTERNACIONAL DA MÚSICA
In "Grande Diconário Enciclopédico Ediclube"
Há coincidências fabulosas! Acabei de consultar o blogue "Gatimanhos" que no último post aborda mais um tema interessantíssimo relacionado com os gatos: os gatos e os pintores.
Simplesmente fantásticas as reproduções de três óleos do pintor brasileiro Reynaldo Fonseca que a autora do blogue integrou no post em referência.
Por uma feliz coincidência a Zaida falou-me num outro quadro deste pintor que poderia muito bem simbolizar o "Dia Internacional da Música", que hoje se comemora.
Que quadro! Que harmonia! Respira musicalidade!
2006/09/30
OUTONO PRIMAVERIL
Uma reportagem relâmpago, hoje, em poucos metros quadrados de jardim...
Lágrimas de Nª Senhora...
Dálias e não só...Flores no Outono!...
Flor do Jasmim...
Uma rosa amarela como que a desdizer da nostalgia do Outono...2006/09/29
5.000
CIIIIIIIIIIIIIIIIINCO mil
Cinco mil visitantes
E um homem tão feliz!
"E vou chegar ao milhão"
É ele ainda que o diz.
E nós cá vamos estar
A acompanhá-lo, também
Agora, amanhã, depois
P´ra todo o sempre, amém.
Zaida
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CAROS AMIGOS/AS, LEITORES
Meter mãos à obra de publicar um Blogue com a maior regularidade possível, neste caso pessoal, como se fosse um Diário com intermitências ocasionais de poucos dias, não é tarefa fácil. De qualquer modo nada mais me move que o gosto de participar, de partilhar ideias, informações, algum conhecimento, sem qualquer intuito comercial ou de propaganda ou promoção pessoal. Mesmo assim é muito agradável sentirmos o feedback desta nossa militância em defesa da informação democrática e tendencialmente gratuita. Nestas circunstâncias, só me resta agradecer todas as visitas com que têm privilegiado este blogue, na esperança de que não tenham ficado defraudados por terem tomado a opção de clicar no link para o endereço do "dispersamente". Pela minha parte reassumo o compromisso de publicar informação correcta e que possa ser eventualmente utilizada por quem quer que seja. Quero, também, reafirmar a minha vontade de promover trabalhos ensaísticos que se possam apresentar duma forma original e até experimentais. Assim as musas inspiradoras me ajudem! Não posso terminar sem agradecer todas as colaborações que me têm prestado, seja através de comentários, seja através de posts propriamente ditos, como tem sido o caso da Zaida, minha mulher, apesar de, ela própria, também ter assumido o encargo de blogues próprios, como sejam http://gatimanhos.blogspot.com e http://aavozaida.blogspot.com
Muito obrigado a todos,
António
2006/09/26
A fome faz sair o lobo do mato
Não há duas sem três. Há dias, num rasgo de inspiração fiz um textozito com provérbios que o António aproveitou para postar no seu “dispersamente”. Na onda, fiz outro que postei no meu “gatimanhos”.
O mal é começar e cá estou eu pela terceira vez!
Se bem que me arrisque; é velho o ditado – à primeira tem graça, à segunda chalaça e à terceira desgraça. Mas também é velho aquele que diz livra-te do homem que não fala e de cão que não ladra! E eu calada não fico, porque quem cala consente.
E isto tudo a propósito do despropósito que tem sido nos últimos dias com o receber de notas e mais notas de dívidas a instituições do Estado – dívidas que não existem!
Uma desgraça! E o meu medo é que uma desgraça nunca vem só!
Começa a ser-me difícil perceber o mal da nossa Terrinha! Será que, para apanharmos os “outros” se vai pondo o carro à frente dos bois? Será que, seguindo a voz do povo (porque voz do povo é voz de Deus) se vá pensando que para grandes males, grandes remédios? Pois, mas é tarde para economia, quando a bolsa está vazia…Ou será que a fome faz sair o lobo do mato?
Também, lá diz o ditado, quem não deve não teme…e com direito por teu lado nunca receies dar brado…
Assim deveria ser…mas sempre me disseram para não falar ao mestre do que ele ensina mal! Mas como a falar é que a gente se entende lá andamos nós, numa roda-viva, papéis na mão, de porta em porta, pergunta aqui, pergunta acolá, porque perguntar não ofende e quem pergunta quer saber.
O problema é que a ignorância e o vento são do maior atrevimento! E pena é que em plena República haja tanta gente com o Rei na barriga!
Mas pronto, o melhor é com calma procurarmos ser os primeiros a ouvir e os últimos a falar! E termos esperança que não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe!
E vou mas é calar-me. Não é por grandes orelhas que o burro vai à feira…
Zaida
http://dispersamente.blogspot.com/2006/09/vida-em-outono.html
foi modificado! Hacker´s? OVNI´s?
2006/09/24
O Círculo Eterno/Etéreo da Vida...
Imagem: extraída da capa do livro "Terras de Lobos" de Nicholas Evans, Ed. Círculo de Leitores, 1999.
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2006/09/22
A Vida em Outono...
Verde e flores silvestres na Primavera,
Às vezes o milheiral ou o batatal
Vicejantes à conta da água aspergida,
Regas no Verão, a terra entontecida.
Amarelos, castanhos, rudes pinceladas
Rodopios outonais, varrendo no quintal.
Branco imaculado, manhãs geladas.
O marulhar nas folhas do pinhal.
Corvos, gaios e gralhas voam no alto
Riscos entre o pinhal e o eucaliptal.
Fragrâncias, sons, memória fremente,
Murmúrios em visões,
Desvanecidas em recordações,
Retidas no meu olhar o presente.
Por quanto tempo mais?
O eucaliptal a Norte há dias derrubado?!...
Os prédios a surgirem de todo o lado.
Por quanto tempo mais?...
António S Nunes
...
Estava o autor a coligir notas cobre a freguesia da Barreira, em 2003/4. Daí a referência expressa ao eucaliptal, que tinha sido efectivamente derrubado na altura. ...
NOTA em 26/9/2006: Seguia-se um texto justifcativo do contexto em que este poema foi escrito. Inexplicavelmente, a partir de parte do poema, o texto que surgiu, a partir do 2º dia, foi adulterado, surgindo em seu lugar um excerto dum texto em Inglês alusivo a uma marca internacional de material electrónico...Que se terá passado? Algum ataque de hacker´s? Alguns bits transviados? Uma alteração momentânea na orientação magnética do planeta Terra? Ou algum "spitfire"?!...
... Imaginem o que seria se se tratasse dum blog dum personagem mediático, dos jornais, das televisões, da política...Era logo, aqui d´El Rey que andam hacker´s a querer calar-me, etc e tal.
...Mas tenho pena porque já não sou capaz de repetir o texo... e já não teria piada nenhuma se o recompusesse com aquilo de que me lembro ter escrito. Falava eu em eucaliptos e de como gosto do cheirinho do
...
Ena, parece que até consegui recapitular o que tinha escrito!...
Façam favor de ser felizes!...
2006/09/21
AS FAIAS
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Fagus sylvatica var purpurea
-
Nome Vulgar:
Faia
Família:
FAGACEAE
Género:
Fagus
Nome científico:
Fagus sylvatica var purpurea
Folhas:
Ovadas, de margens onduladas e, por vezes, denticuladas,
exibindo dentes muito pequenos
verde-escuras, caducas.
Flores:
Flores masculinas em amentilhos;
inflorescências de flores unissexuadas e nuas ou sem pétalas, que se destacam pela base
flores femininas geminadas, com um invólucro.
conjunto de brácteas, livres ou aderente, que se inserem perto de certas flores ou na base de certas inflorescências e que as rodeiam mais ou menos.
Frutos:
Aquénios,
Fruto seco, indeiscente e monospérmico, isto é, provido de uma só semente.
geralmente agrupados aos pares, numa cúpula
invólucor duro, formado por numerosas brácteas imbricadas ou eriçado de espinhos, revestindo total ou parcialmente os frutos.
castanha coberta de espinhos.
formação pontiaguda e rija, resultante de modificação de um ramo, pecíolo, estípula, etc.
Altura:
Até 40 m.
Tipo de Solo:
Fértil, com boa drenagem, preferencialmente calcário.
Origem:
Europa Central e Ásia Menor
Floração:
Abril a Maio
Utilidades:
Aproveitamento da madeira, ornamental.
Observações: Resistente à poluição urbana.
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TEMPESTADE...
O Mundo nos Blogs (2.n)
O QUE NÃO SEI DAVA UMA BIBLIOTECA QUE TODA A GENTE GOSTARIA DE TER
Blogs são pessoas, mas você não é um blog
A invisível ética dos blogs
"Blogs são pessoas, mas você não é um blog".
(Henrique Costa Pereira)
In http://blogdasanta.blogspot.com
2006/09/20
Uma FAIA em Leiria
Nome vulgar: Liquidâmbar, árvore do âmbar.
Lugar de origem: Sul dos EE.UU, México e Guatemala.
Etimología: Liquidâmbar provém de liquidus =líquido y âmbar =âmbar, em alusão à resina aromática que se obtém da sua casca.
Finalmente, identifiquei uma faia (erro) em Leiria. A verdade é que já tinha dado pela presença desta árvore e até já lhe tinha tirado, por várias vezes, fotografias nas várias épocas do ano. De facto, os vários tons com que a Faia nos presenteia, desde a Primavera até ao Outono e mesmo no Inverno, assumem uma beleza digna de ser apreciada. Simplesmente, nunca me tinha debruçado sobre qual seria o nome daquela beleza de árvore. Esta, a da foto, tirada hoje, não tem grande envergadura nem tem sido das árvores públicas, de Leiria, mais bem cuidadas, pelo contrário. Tem, inclusivamente, pelo menos um aplique de ferro aparafusado no seu tronco, pesumivelmente para ser utilizado como suporte de alguma espia ou fio eléctrico aquando da instalação das barraquinhas dos festivais gastronómicos que se têm ali realizado nos últimos anos.
Só espero que lhe seja dada a devida atenção, agora que se está a renovar toda aquela zona do centro histórico de Leiria.
2006/09/19
ALÔ AÇORES - Alô TERCEIRA
Que o temporal não vos cause muitos transtornos!
Vou ficar no msg orelhavoadora@hotmail.com
Indicativo de Radioamador: CT1CIR (no ar nos 20m +- 14.200 Mhz)
Um abraço de Solidariedade!
António
2006/09/18
Hoje, na aproximação a Leiria, ao pôr do Sol
2006/09/17
Conferência Internacional - Concorrência Fiscal
Decorreu, entre 15 e 16 de Setembro, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, uma Conferência Internacional, subordinada ao tema "Competitividade e Concorrência Fiscal".
Na primeira foto pode observar-se a composição da mesa que deu início aos trabalhos: Eduardo Paz Ferreira (Director do IDEEF), Daniel Bessa (Presidente do Gabinete de Estudos da CTOC) e Domingues de Azevedo (Presidente da CTOC).
Na segunda foto, o prof. da Universidade de Louvain, Bélgica, Jacques Malherbe, no uso da palavra. Realço a sua observação de que a luta da economia dos países da CE deve ter como adversário principal os USA e não a Índia e a China, como geralmente se constata. E justifica esta afirmação argumentando que os Estados Unidos se assumem, abertamente, defensores acérrimos do estímulo ao consumo doméstico dos bens produzidos internamente.
De destacar, da intervenção do Dr. Paz Ferreira, a explicação da noção de "corrida para o zero": a competitividade internacional pode estimular os Governos dos vários países a incentivar as empresas a investir em troca da redução da carga fiscal. Nesta perspectiva, já é possível observarem-se fenómenos de concorrência fiscal entre os países da própria CE, o que, inclusivamente, já tem originado alguns conflitos internacionais e levado a Comissão Europeia e o próprio TJCE a intervir no sentido de dirimir esses casos.
2006/09/16
ELOS CLUBE - Movimento em prol da Cultura Lusíada
- Projectar para o imediato a Homenagem dos 100 anos de José Maria de Almeida (dia 4 de Outubro próximo, em Mangualde, Distrito de Viseu);
- Encontro de Poetas Lusófonos na Batalha (dia 14 de Outubro);
- Apadrinhamento da criação do Elos Clube de Arouca;
- Propostas para o Plano de Actividades 2006/7.
As bandeiras expostas são: à esquerda na foto: Elos Clube de Leiria; à direita; Elos Clube do Rio de Janeiro, que apadrinhou a criação do Elos de Leiria.
A cadeira vaga, ao lado direito do Presidente da Direcção, Dr. Arménio de Vasconcelos, era, por acaso, a do autor desta foto.
No uso da palavra, no momento da fotografia, de pé, o Vice-Presidente da Direcção, Adélio Amaro.
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NOTA:
...A GERAÇÃO BLOGUE ( parte II)
In "CORREIO de LEIRIA", Ano I, Nº 3 - Setembro de 2006
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GERAÇÃO BLOGUE (Blog)
Deu à estampa, há dias, o livro, de recente edição em Portugal, com o título “Geração Blogue”. O seu autor, Guiseppe Granieri, parece-me ser uma pessoa muito bem informada sobre a evolução das tecnologias associadas à Internet e das variadas formas como ela tem vindo a ser usada ao longo dos tempos. A um ritmo alucinante.
Uma constatação evidente: a Internet através dos blogues está a constituir-se como um meio de informação privilegiado e uma forma incrível de comunicação pluri-geragional e transdisciplinar.
Aqui chegados, somos imediatamente confrontados com a evidência do progressivo incremento do uso dos blogues (blogs). Com esta poderosíssima ferramenta, disponível na Net, duma forma gratuita e muito eficaz, nomeadamente através do “Sapo” e da “Blogger.com”, para referir os servidores mais em voga, estão a aparecer excelentes iniciativas comunicacionais, mais que editoriais, com autores, individualmente, ou constituídos em autênticas tertúlias, a afirmarem-se com qualidades tais, que parece impossível como é que tanta gente de elevado nível artístico e intelectual se tem mantido no anonimato. Os seus contributos para a qualidade da informação que circula na Net estão a revelar-se imprescindíveis. A informação assim publicada ficaria irremediavelmente perdida/esquecida nos computadores individuais até à próxima avaria e consequente formatação dos discos.
Concordo plenamente com a ideia de que existe, actualmente, uma geração muito particular. Que é caracterizada não pelo escalão etário a que cada um de nós pertence, mas sim, pelo facto de participarmos em conjunto num novo mundo, potencialmente muito mais que meramente virtual, o mundo dos bloguistas.
Uma geração a que se deverá prestar cada dia que passa mais e mais atenção.
Nesta sequência ocorreu-me que poderia utilizar este jornal para proporcionar aos seus leitores algumas dicas que os possam ajudar a integrar-se nesta nova geração dos blogues.(*)
Porque a verdade é esta: a geração blogue (blog) ainda está em gestação... apesar de muitos de nós já estarmos à luz do dia, alguns há já uns anos. Muitos mais engrossarão as nossas fileiras, com toda a certeza. Inevitavelmente!
Nunca é tarde para se aprender!
... A interdependência dos contributos de cada um de nós, independentemente das nossas idades temporais, é fundamental. O conhecimento e a experiência que cada um de nós armazenou na sua própria memória, ao longo da sua vida, desde que colocado à disposição de todos, de certo que poderá proporcionar a criação das condições indispensáveis ao surgimento duma nova geração em que todos nos passamos a conhecer melhor.
Talvez que estejamos a caminhar a passos cósmicos para uma sociedade mais justa e democrática, social e solidária no sentido da Felicidade...
--
(*) Que já não é assim tão recente como isso mas que nos últimos dois anos tem vindo a impor-se exponencialmente. Em Julho de 1998, Pitas (http://pitas.com) lançou o primeiro serviço de blogging gratuito. Imediatamente a seguir surgiu o Blogger (http://www.blogger.com), pouco tempo depois adquirido pela Google, que deu um impulso decisivo para a difusão dos blogues em todo o mundo.
António Nunes
http://dispersamente.blogspot.com/ (onde se poderão encontrar muitos links de outros blogues)
nunes.geral@gmail.com
2006/09/14
ATLAS das ÁRVORES de LEIRIA...e de outros lugares!
2006/09/12
Cova das Faias - Leiria; Faias ou choupos?
2006/09/10
FAIA/CHOUPO? - Sombra refúgio para trabalhar (ver também actualizações e poema - ao fundo)
É um choupo? As faias são choupos? Confunde-se bastante quando se diz que um determinada faia é um choupo ..., mas vou rever esta matéria.
- ACTUALIZAÇÃO: 10/9/06 - 22H35
- ACTUALIZAÇÃO: 10/9/06 - 23h50
- ACTUALIZAÇÃO: 11/9/06 - 19h00
Da minha janela eu via-as
Eram lindas com suas ramadas verdes
Pululantes de cantares e passarinhos;
Eram majestosas com seus troncos
Esculpidos pelo tempo, já velhinhos.
Eram sombra apetecida e procurada
Por muitos, que em devota oração,
A Leiria vinham e ali mesmo esperavam
Para ver passar a procissão.
Mas um dia alguém pensou que aquelas árvores,
Talvez por serem velhas de cem anos,
Já não tinham mais direito à vida
E que apenas lenha, eram seus troncos e seus ramos.
E vieram os homens e as máquinas
E às árvores, sem dó nem piedade,
Infligiram golpes e mais golpes
Num ritual de morte e saciedade.
Das árvores escorria-lhes a seiva
Quais lágrimas de tristeza e de dor!
E os homens continuavam a cortar
Isentos de bom-senso ou amor.
Também pela minha cara me escorreram
Lágrimas de revolta, sofrimento e dor
Pelas árvores que morriam a meus olhos
No meio de um espectáculo de horror.
E quando ainda hoje pela janela eu olho
Fico triste e por vezes choro até
Por pensar que os homens não deixaram
As Árvores morrer de pé!
2006/09/08
LARGADA À BALEIA
Blocos de Ponta Delgada,
Torres de Angra,
Céus da Horta,
A hora é soada,
Um peito sangra
À nossa porta.
.
Furnas da Graciosa,
Fajãs de São Jorge,
Neves do Pico,
Alguém me forge
O ferro, que eu não fico!
.
Grotas das Flores
Chaves do Corvo,
Santa Maria!
Oiço tambores,
O ar é torvo,
A noite fria
.
Lá vamos todos, todos,
Como lobos do mar,
Co as bandeiras dos bodos
As canoas varar:
Se o tubarão der à costa
Não falta quem no sangrar:
É perto o porto,
E o livre ilhéu, mesmo morto,
Não cora, se espernear.
.
Essas lanchas, aí, na carneirada,
Que se aguentem entretanto
No balanço e no remar:
Mar alto, terra salvada,
Co Senhor Espírito Santo
Estamos quase a chegar.
13-3-1976
Vitorino Nemésio (1901-1978)
-
(In “Portugal – A Terra e o Homem/ Antologia de textos de escritores dos séculos XIX-XX.
Em 1978, aquando da entrada no prelo da referida Antologia, a Fundação Calouste Gulbenkian, responsável pela edição, em homenagem ao seu autor, Vitorino Nemésio, que falecera entretanto, resolveu prestar-lhe uma merecida homenagem publicando, como Adenda, dois dos seus poemas: “Largada à Baleia” e “O Pico”.)
2006/09/07
MEMÓRIAS da TERCEIRA
Eu “ia” com ela às touradas na praça de camarotes de madeira (lá para os lados da Madre de Deus), que voavam em dias de temporal…Eu “viajava” com ela até ao Raminho, terra dos seus queridos avós. Eu habituei-me a amá-los como ela os amava. Eu conheci-os, sem os conhecer: o avô José Garcia, alto e magrinho, sempre de calças pretas ou castanhas, camisa branca e colete; a fazer os seus cigarritos com o tabaco por ele cultivado. Cigarros que acendia com pedra de ferir lume e fumava continuamente; a avó Maria Cândida, baixinha e gorda, a cheirar o rapé que guardava em bocetas, algumas feitas de “castanhas do mar”…Eu “vivi” com ela as festas do Senhor Espírito Santo.
E ao fim de 61 anos pisei a terra da minha mãe! E não sou capaz de explicar o que senti! As minhas “memórias de sonho” tornaram-se realidade! E agora compreendo as saudades da minha mãe. Porque são as minhas saudades.
Como desejo voltar a ver-te, a sentir-te, Terceira, minha Terra, Ilha de encantos!...
Zaida
2006/09/06
Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão.
Pois é “uns comem os figos, outros rebenta-lhes a boca”…
Eu bem o avisei que “não há fumo sem fogo”; mas ele acreditava que o “hábito não faz o monge”! “Não há pior cego que aquele que não quer ver”…
É bem certo que “a ocasião faz o ladrão” e “a ambição cerra o coração”.
- “Quem te avisa, teu amigo é.” – repetia-lhe eu. “Fazer bem a vilão ruim é lançar água em cesto roto”.
Que não, que não! – respondia-me ele – “não julgues mal de ninguém, nem para mal nem para bem”.
Pois é…”o mundo nos vê, Deus é que nos conhece, ninguém é como parece”.
Pois, e agora “depois de casa arrombada, trancas à porta”…
E grita: - Ah vilão! “Pai não tiveste, mãe não temeste, diabo te fizeste”!
É bem verdade que “quem não tem vergonha, todo o mundo é seu”!
Pois… e “quem se engana, aprende”…
Zaida
2006/09/04
Um dia em Leiria
O dia amanheceu, rabugento, o nevoeiro mal deixa vislumbrar as ovelhas a pastar... A propósito, a figueira que se vê, foi ela que deu os figuinhos que estão no cesto do post anterior(+). Atenção que os ditos figos tinham destinatária.
Neste local, dum lado e do outro do Rio Lis (à direita) realizam-se as feiras semanais, Terças e Sábados, os feirantes a venderem de tudo, incluindo comes e bebes. A preços convidativos (quando não somos endróminados!).
A tarde já vai no fim, o Sol a fugir por entre as árvores e o Castelo de Leiria.
Será que entendi bem?
TRABALHO DE LOUCOS
"Há coisas que ninguém com bom senso faz, e uma delas é escrever uma enciclopédia ou um dicionário. É, pela sua natureza, um trabalho colectivo e mesmo o célebre Dr. Johnson tinha uns "negros" para o ajudar. Eu, que estou a escrever um dicionário que na prática é uma enciclopédia, sei bem até que ponto é do domínio da loucura meter-me nisto.
...Quanto mais se sabe, mais falta saber, como naquelas histórias borgeanas sobre o mapa perfeito, que tem o tamanho do território a representar ou o olhar dos fractais para a linha da costa, do conforto da fotografia aérea, com a costa talhada a rigor, para passar para a terra, rocha a rocha, e depois duna a duna, areia a areia..."
-
Quem sou eu para discordar?
Escrever uma enciclopédia, Dr. Pacheco Pereira, nos tempos que correm, sozinho ou com ajudas espontâneas?!...
2006/09/01
ANIVERSÁRIOS de PESSOAS IMPORTANTES
A Inês com 1 ano de idade, Setembro de 1970, Nampula, Moçambique. O pai, "este que vos está a escrever", estava a cumprir o serviço militar obrigatório. A mãe, a Zaida, levou-a para Moçambique, já com 7 meses e tal de vida. Convém referir, no entanto, que só viu a luz do dia, umas semanas depois. Conseguimos este feito porque eu era alf. miliciano do Serviço de Administração Militar e passei os dois anos nesta cidade. Bem bonita, por sinal, com acácias vermelhas, muitas acácias, pelas ruas/avenidas e no jardim "Felgueiras e Sousa" e com um perfume que perdura na minha memória, até aos dias de hoje. Mangas e papaias colhidas directamente da árvore. Fabuloso! Que saudades! Como será Nampula na actualidade?
Já com 10 anitos! Um dia de passeio, algures pelo pinhal de Leiria, um raminho de flores para oferecer à mamã! Lembras-te Inês?
2006/08/30
FIGOS vs UVAS...Aproxima-se o Outono
2006/08/29
Os bolos da Terceira e a Rainha D. Amélia
Os Açores não são só beleza para os olhos, são também um consolo para o paladar...
A alcatra, o pão de massa sovada... e estes bolinhos que encontrei numa das pastelarias mais conhecidas em Angra!...
Gostei particularmente das "Donas Amélias". Feliz e deliciosa homenagem à Rainha D. Amélia, que, certo dia, em 1901, visitou a ilha Terceira. As gentes da Ilha ofertaram-lhe os melhores bolos da região que, por esse facto, se chamam agora, Donas Amélias (*).
Conta a minha sogra, que nasceu há 87 anos no Raminho, que quando da visita de Suas Majestades D. Carlos e D. Amélia, foram escolhidas as mais bonitas meninas solteiras para os servir; entre elas uma sua tia-avó, dos Altares.
(*) O dito bolo saborosíssimo que não me cansei de provar e degustar é o que se pode ver no canto superior esquerdo da foto acima.
2006/08/26
Rochas - Mar - AÇORES
As rochas sobre o mar da Terceira!
Uma vertigem
Um sonho
Pasma-se!
Cisma-se
O Mar e as Rochas
da Terceira
A Natureza
Nua
Crua
DEUS!
-
Não admira, pois:
(Praia da Vitória, na Rua de Jesus, a Rua central da cidade, ou noutra, um dos muitos painéis de azulejos, expostos nas paredes em locais bem visíveis, em justíssima homenagem aos poetas portugueses de todos os tempos e das mais variadas projecções mediáticas, incluindo os poetas locais com quadras de enlevo pela sua cidade, Natália Correia,Vitorino Nemésio (que aqui nasceu), Almeida Garrett (que aqui viveu alguns períodos), Antero de Quental, Fernando Pessoa e tantos outros lídimos representantes da escrita lusíada, universal e que se deseja perene...)
2006/08/24
GERAÇÃO BLOGUE (Blog)
- Para além da excelência da forma de tratar do tema dos blogs e do seu contributo decisivo para transformar a Internet numa imensa infra-estrutura de discussão e de memória do conhecimento humano, há a realçar a extensa e interessante Bibliografia, que muito poderá ajudar os interessados.
PLANO NACIONAL DE LEITURA
A Resolução do Conselho de Ministros nº 86/2006 aprova este plano e cria a respectiva comissão.
De relevar, nesta oportunidade, que uma das acções previstas com vista à prossecução dos objectivos preconizados por este Plano Nacional de Leitura é o apoio a blogs e chat-rooms sobre livros e leitura para crianças, jovens e adultos.
Pela leitura, reconheço que superficial, para já, retive como o objectivo fundamental do PNL:
Criar um ambiente social favorável à leitura
(Mais pormenores:
http://dispersamente.blogspot.com/2006/07/plano-nacional-de-leitura.html)
-
No texto daquela Resolução usa-se expressamente o vocábulo blog.
Entretanto, começamos a sentir a necessidade de adoptar uma palavra portuguesa quando nos queremos referir a este recente e revolucionário meio de comunicar via Internet. Devemos começar a utilizar a expressão blogue como já se encontra impresso em título do livro cuja capa se apresenta?
A tradutora da versão original, Maria das Mercês Peixoto, optou por o fazer. Está-se mesmo a ver que no futuro próximo as hesitações vão ser frequentes. Na minha opinião, atendendo a que esta palavra não tem correspondência, na plenitude do seu significado, a nenhuma palavra do vocabulário da língua portuguesa, penso que deveremos utilizar a expressão blog em vez de blogue.(1) Por enquanto…
-
“A blogosfera é o lugar da conversa sobe o mundo. Nela existem pessoas que trocam opiniões sobre a realidade e contribuem para enriquecer a percepção que cada um tem do meio social, político e cultural em que todos vivemos”. Através dos blogs (ou blogues) os indivíduos “participam no grande jogo de influências chamado opinião pública”.
-
“Os blogues e o jornalismo tradicional são complementares, são duas áreas diversas do ecossistema dos media, fortemente interligadas mas com regras e equilíbrios diferentes.
Os blogues são, entre outras coisas, uma grande oportunidade para o jornalismo”.
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(1) Veja-se o caso da expressão inglesa “scanning”. A dificuldade em traduzir esta palavra é flagrante. Só inventando uma palavra ou adoptando a versão inglesa no vocabulário do português. Começa a vencer a segunda opção. Scanning é a actividade de um cidadão que examina muitas fontes e que lê apenas aquelas de que necessita para os seus objectivos. O mesmo se passa com o scanning que se faz às estações emissoras de rádio. Tenho a experiência de radioamador há mais de 20 anos e desde então não conseguimos substituir aquela palavra sem que se perdessem as tonalidades evocativas daquele vocábulo inglês.
2006/08/23
Choro já de saudade!
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TERCEIRA
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Tantas vezes me falaste da tua Terra, Mãe!
Tantas vezes sonhei poder vê-la, senti-la…
Tantas vezes pensei ser isso apenas um sonho!
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Mas aqui estou, Mãe, na tua Terra.
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Um sonho tornado realidade!
Um sonho de beleza que fundo nos toca!
Um sonho de contrastes, de tranquilidade!
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Vou partir.
E choro.
Choro já de saudade
Desta Terra tão linda
Que é a tua, Mãe!
E que agora, sinto, é também a minha!
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Terceira, ilha encantada.
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Zaida
2006/08/22
TERCEIRA- Açores (I)
Quantas recordações de todos os cantos e recantos daquela Ilha fantástica nós não trazemos! Da sua capital Angra, património histórico da Humanidade, da cidade da Praia da Vitória e dos múltiplos painéis de azulejos colocados nas paredes das ruas, com pequenos excertos de poesia e respectivos bustos de autores portugueses, e de tantos outros lugares e momentos! O Carlos Moura (prof.) está a compilar material para colocar na Net.
Vão espreitando o http://clubedearqueologia.blogspot.com
2006/08/17
Boa tarde a todos!
2006/08/12
FOGO!...
2006/08/10
IV - Maomé e o Islão
Em 484 após peripécias várias consuma-se a ruptura entre as igrejas do Oriente e Ocidente que teve por ponto de partida oficial o edital de união o Henotikòn, que foi rejeitado por ambas as partes em conflito.
Mudemos a fasquia do tempo e situemo-nos entre 567 e 573, provavelmente em 570. Em Meca (Makka) nasce de Abd Allah e de Amina, Maomé (Muhammad) do clã Hashim da tribo dos Quaraysh.
Neste tempo, os Árabes tinham uma fé muito simples. Tal como os antigos Babilónios, adoravam as estrelas e também uma pedra que acreditavam ter caído do céu, que estava (e lá continua…) num santuário, o Santuário de Caaba, na cidade do oásis de Meca. Ainda hoje, os Árabes de todo o mundo, fazem peregrinações para irem lá rezar.
Desde muito novo que Maomé, a quem apelidavam de “Confiável”, mostrava muito interesse pelas religiões e gostava de conversar, não só com os peregrinos árabes que vinham ao santuário de Meca, mas também com cristãos que vinham da Abissínia, e Judeus, que viviam em grande número nas cidades dos oásis da Arábia. Nessas conversas o que realmente o impressionava era que todos esses peregrinos falavam dum Deus único, invisível e todo-poderoso. Em consequência, também ouvia falar de Abraão e José, de Jesus Cristo e de Maria.
Por volta do ano de 582, diz a tradição, Maomé, é preanunciado por um frade de nome Bahira como o Profeta que se avizinha.
No ano 610 d.C. Maomé recebe a inspiração divina para a primeira fase do alcorão. À terceira visão do arcanjo Gabriel, Maomé ficou a saber que ele era o Profeta através de quem Deus – Alá em árabe - ia dar a conhecer os seus desejos para a humanidade.
A nova religião que Maomé começa a pregar entre os Árabes é o Islão, que significa “abandono à vontade divina”. Os líderes tribais que guardavam o santuário começaram a ver em Maomé um adversário perigoso, razão pela qual, o Profeta acabou por se refugiar numa cidade noutro oásis, que mais tarde se haveria de chamar Medina, “a Cidade do Profeta”. Esta fuga ficou conhecida como Emigração – “Hégira” em árabe e aconteceu no dia 16 de Julho de 622 (calendário cristão). Os seguidores de Maomé passaram a contar os anos a partir desta data, começando assim a era muçulmana. (**)
Em Medina, Maomé explicou aos seus seguidores como Deus se revelou a Abraão e Moisés, como falou aos homens através da boca de Cristo e como o tinha escolhido a ele, Maomé, para ser seu profeta.
Deus único – Alá, revelado aos homens pelo Profeta Maomé, recompensa eterna para os justos, castigo eterno para os descrentes e maus e guerra santa contra os infiéis (jihad em árabe) constituem os fundamentos básicos desta religião, passados a escrito para um livro, que agora se chama Alcorão (ou Corão).
A descrição do Paraíso prometido aos seguidores da doutrina de Maomé é, de facto, uma maravilha irresistível para os crentes: (*)Maomé com as suas pregações ganhou enorme poder e prestígio, o que lhe permitiu organizar um exército com o qual derrotou e conquistou a cidade de Meca, da qual havia sido expulso.
Antes de morrer Maomé exortou os seus seguidores a rezar cinco vezes por dia, virados para Meca, a não beber vinho e a serem corajosos.
Maomé morreu em 632.
Os futuros representantes de Maomé eram os designados “califas”, os primeiros dos quais foram Abu Bakr e Omar, que se lançaram numa ofensiva vertiginosa em todas as direcções a partir de Meca. O zelo religioso era tal que os guerreiros árabes em pouco mais de 10 anos já tinham conquistado a Palestina, a Pérsia e o Egipto (que ainda fazia parte do Império Romano do Oriente, embora já muito enfraquecido). Este fogo religioso e militar avançou rapidamente da Pérsia até à Índia, do Egipto para todo o Norte de África.
A partir de 670, os exércitos árabes tentaram mas não conseguiram tomar Constantinopla, a antiga capital do Império Romano do Oriente. É nessa época que os Árabes conquistam as ilhas de Chipre e da Sicília, a partir de bases em África. De seguida, atravessaram para a Península Ibérica, que conquistaram aos Visigodos. O objectivo seguinte era tomar as terras onde hoje se situam a França e a Alemanha, que não foi atingido porque Carlos Martel, rei dos Francos, venceu duas decisivas batalhas, estávamos em 732, em Tours e em Poitiers. Se tal tivesse acontecido provavelmente hoje, na Europa, poderíamos ser todos muçulmanos.
Entretanto, este ímpeto expansionista Árabe, acalmou. A história continuou a seguir o curso dos séculos.
…
Sem dúvida que, em jeito de balanço sintético e apesar de todas as lutas sangrentas em que se envolveram em nome do Islão, muito do que é a civilização actual se deve à capacidade de síntese que os Árabes acabaram por demonstrar, fazendo o aproveitamento científico e cultural do que de melhor existia entre os povos que iam subjugando.
Resumidamente:
1) Os chamados arabescos resultaram do uso de belos padrões intrincados e entrelaçados de linhas de muitas cores, com os quais decoravam os seus palácios e mesquitas, já que a sua religião lhes proibia a reprodução de pessoas ou animais;
2) Com os Gregos aprenderam a coleccionar e a ler livros em vez de os queimarem. Traduziram para Árabe, os escritos de Aristóteles e, desta maneira, iniciaram uma autêntica revolução nas ciências; os nomes de muitas das ciências têm origem Árabe como a química e a álgebra;
3) Com os Chineses aprenderam a fabricar papel;
4) Durante séculos os Árabes contavam histórias de maravilha para transmitirem os seus conhecimentos e os factos e tradições da vida das suas Nações e tribos. Mais tarde passaram-nas por escrito. Quem não recorda a leitura das histórias de espantar do livro “As Mil e Uma Noites”?;
5) O sistema de numeração decimal que hoje usamos, em vez do sistema Romano (por exº 112 em vez de CXII) e que tantos benefícios trouxe ao cálculo matemático, devemo-lo aos Árabes que, por seu turno, o recolheram dos Indianos.
O rumo da história da humanidade levou a que os Árabes tivessem sido derrotados antes de conseguirem entrar na Europa Central, Oriental e parte da Ásia, mesmo assim conseguiram, através das suas conquistas que as ideias e os conhecimentos dos Persas, Gregos, Indianos e Chineses (através de prisioneiros de guerra) se reunissem numa cultura geral que muito veio beneficiar o homem.
Moral da história. Os conquistadores não conseguem governar para sempre mesmo em nome de Deus!
(*) Os Fiéis descansarão em grandes almofadas, reclinados e virados uns para os outros. Entre eles andarão mancebos imortais com taças e cântaros cheios de um néctar puro, que não produzirá nem dor de cabeça nem embriaguez. Lá haverá de todos os frutos, e carne de todas as aves, tanta quanta desejarem, e donzelas com olhos de corça tão belas como uma pérola oculta. Debaixo de árvores de lótus sem espinhos e bananeiras carregadas de frutos, a sombra prolonga-se e a água corre, e os Abençoados descansam. Os frutos estão a seu alcance e as taças de prata andam sempre a circular. Sobre si usam vestes de rica seda verde e brocados, adornadas com fivelas de prata.
(**) A era Cristã começou com o nascimento de Jesus Cristo.---
(continua: – O Médio Oriente no séc. XX e XXI)
@as-nunes
O Médio Oriente – Síntese Histórica
ÍNDICE:
HISTÓRIA da HUMANIDADE - Início
http://dispersamente.blogspot.com/2006/07/histria-da-humanidade-incio.html
MÉDIO ORIENTE - Visão Bíblica 1-n
http://dispersamente.blogspot.com/2006/08/mdio-oriente-viso-bblica-1-n.html
Uma visão pró-Palestiniana
http://dispersamente.blogspot.com/2006/08/uma-viso-pr-palestiniana.html
II – O Judaísmo e a Palestina
http://dispersamente.blogspot.com/2006/08/ii-o-judasmo-e-palestina.html
III – Judeus, sem pátria
http://dispersamente.blogspot.com/2006/08/iii-judeus-sem-ptria.html
(continua)
2006/08/07
III – Judeus, sem pátria
Como já foi dito, Jesus Cristo nasceu na Palestina, ocupada pelos Romanos.
Augusto reinou de 31 a.C. até 14 d.C.
Cristo foi acusado de querer ser o Rei dos Judeus e, por isso, por ser considerado um judeu rebelde e que não queria colaborar no endeusamento do César dos Romanos, foi condenado por Pôncio Pilatos a ser pregado numa cruz, o que constituía a maior humilhação para a época.
Esta cruz de vergonha e sofrimento passou a ser o símbolo do novo ensinamento e passou a ser anunciado através do Evangelho, ou Boa Nova (tradução do grego eu-angelion, ou Evangelho). Ter presente que os escritos que constituíam o Antigo Testamento já tinham sido levados para a Grécia e lá traduzidos.
Esta Boa Nova passou a ser a base do Cristianismo. Deus, que é Pai – símbolo de compaixão pelos pobres e oprimidos.
Este Deus único e invisível era o mesmo em que os Judeus já acreditavam antes de Cristo.
Por adorarem um Deus diferente que os próprios Césares dos Romanos, quer os Cristãos quer os Judeus passaram a ser severamente punidos pela lei Romana.
Alguns anos depois do reinado de Nero, estalou em Jerusalém uma revolta contra os Romanos. Desta revolta resultaram lutas sangrentas entre os habitantes de todas as cidades judaicas e as legiões romanas. Após vários anos de fome e cercos, os Judeus foram expulsos de Jerusalém (os que escaparam da crucificação e dos massacres), e assim começou a sua saga, espalhados pelos quatro cantos do mundo, ficando, a partir daí, sem pátria.
Mantiveram, apesar de dispersos pelo Mundo, as antigas tradições judaicas, liam a Bíblia e passaram a distinguir-se dos Cristãos pelo facto de manterem a crença que o Messias que os havia de salvar ainda não tinha chegado, o que acontece até aos dias de hoje.
Passaram a dedicar-se ao comércio e à finança, actividades em que se tornaram exímios e ainda hoje os destacam da maior parte dos povos.(1) (2)
Na Diáspora, tiveram que suportar muitos rancores e incompreensões, sofreram os horrores do fanatismo da Inquisição da Igreja Católica, foram expulsos e espoliados de Portugal e outros países e, mais recentemente, foram massacrados aos milhões pelos Nazis no decorrer da II Guerra Mundial. O Holocausto existiu!
A época pós II Guerra Mundial será tratada em capítulo destacado dado ser uma época determinante na evolução vulcânica de toda a zona do Médio Oriente actual e na orientação estratégica das políticas internacionais de vários países, com influência decisiva na vida económica, social e religiosa de toda a humanidade.
2006/08/04
II – O Judaísmo e a Palestina
No séc. XV a.C. tribos aramaicas instalam-se na região de Canaã (a Palestina) e dão vida à cidade que hoje se chama Naplusa. Esses povos passam a designar-se por “Ibrim” (1).
Segundo narra a Bíblia (capítulo XII do Génesis) este acontecimento está directamente relacionado com o aparecimento de Abraão, vindo da cidade de Ur.
Muitos destes Hebreus prosseguem na caminhada até ao Egipto onde se sedentarizam em terras oferecidas pelos faraós e onde se cruzam com outros povos.
Por volta do ano de 1250 a.C. uma nova dinastia sobe ao poder no Egipto que acaba por reduzir os Hebreus à escravidão até que, no séc. XI a.C., dirigidos por Moisés, os Hebreus conseguem evadir-se, atravessam o Sinai, sobem os montes Moabe, na Transjordânia (actual Jordânia). Segundo a Bíblia, é desta época a revelação divina, através da qual se firma uma aliança entre Deus, o Único, Jeová, e o seu povo eleito, os Hebreus. Moisés, ainda segundo a Bíblia, recebe a tábua dos Dez Mandamentos, directamente de Jeová.
A partir daqui os Hebreus tomam Canaã, depois de destruírem Jericó, sob o comando de Josué. Para o efeito tiveram de franquear o rio Jordão.
Por volta de 1.200 a.C. chegam à Palestina os Filisteus (2), que se cruzaram com a gente de Canaã, por sua vez já uma mistura de povos completamente mestiçada com os Hebreus, e organizam numa confederação de Povos para entrar em disputa com os Hebreus vindos do Egipto.
Depois de muitas lutas, David, considerado o primeiro Rei dos Hebreus (1066-996 a.C.), vence os Filisteus e impôs um império hebreu que se estendia do Eufrates ao Nilo (3). No seu reinado foi tomada a cidade de Jebus (dos Jebuseus), que passou a ser designada por Jerusalém e a ser a capital dos Hebreus.
Salomão, filho de David, que lhe sucedeu como rei dos Hebreus, transformou Jerusalém na metrópole religiosa do Judaísmo (4)
Após a morte de Salomão há uma cisão entre as tribos deste enorme reino dos Hebreus que se cinde em dois: Judá e Benjamim que constituem o reino de Judá, que detém o poder sobre Jerusalém; as tribos de ISRAEL que formam o reino de Samária, entre 926 a 722 a.C. com a capital política em Sicheme (actual Naplusa).
As tribos de Israel lutam ferozmente entre si e acabam por ser deportadas para a Babilónia, depois de os Assírios e os Babilónios os atacarem e submeterem.(5)
O reino de Judá teve uma duração de 925 a 587 a.C. mas teve o mesmo destino que os de Israel, depois de duas revoltas a segunda das quais é esmagada por Nabucodonosor e durante a qual mandou arrasar o templo de Jerusalém.(6)
Depois dos Persas terem conquistado a Babilónia, em 539 a.C. o rei Ciro liberta os judeus e estes reentram na Palestina. O templo é reconstruído a suas expensas.
Depois de todas estas vicissitudes, o povo Hebreu, começa a afrontar-se por três tendências: integração, assimilação e racismo teocrático(7).
No decorrer dos 3 séculos imediatamente antecedentes a Cristo os Judeus conseguiram reconstituir praticamente todo o antigo império de David e houve inúmeros povos da zona que se converteram ao Judaísmo.
Os Romanos invadem a Palestina em 63 a.C. e ocupam Jerusalém. O célebre Herodes o Grande é quem reina no tempo em que surge Jesus.
Jesus é, então, identificado como “um certo palestiniano de fé judaica”.
Segundo algumas opiniões, só em 49 d.C. é que surgiu definitivamente o princípio da segunda religião monoteísta do Mundo: o Cristianismo. A partir duma cisão do Judaísmo.
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(1) Os que vêm da outra margem do rio já que eles transpuseram o Eufrates para se instalarem em Canaã. Do termo “ibrim” acabou por resultar no nome “HEBREUS”.
(2) Povos vindos de Creta e que fundaram as cidades de Gaza, Ascalon, Ecron e Gad ( a Pentápole). Formaram uma confederação com outros povos vindos das Ilhas do Mar Egeu a que se passou a chamar “a liga do mar”.
(3) Esta razão histórica fundamentou a teoria dos sionistas judeus que, a partir do séc. XIX, começaram a reivindicar um Estado que abrangesse toda aquela área.
(4) A primeira religião monoteísta do Mundo.
(5) Os babilónios povoaram então a Samária (reino de Israel), e mestiçaram-se com os hebreus. Estes povos, os Samaritanos, ainda têm descendentes a viver em Naplusa.
(6) O Antigo Testamento foi escrito no decorrer deste exílio.
(7) É nesta altura que se destacam dois sacerdotes que escrevem as chamadas “Crónicas”. São eles Esdras e Nehemias. É nessa data que é formulada a “Lei” que até hoje regula a vida dos judeus e do Estado de Israel: interdição do casamento misto, vida quotidiana pautada pela Lei, que os judeus são obrigados a conhecer, interpretar, explicar. Estes livros integram a “Bíblia2000” – publicações Alfa.
2006/08/01
Uma visão pró-Palestiniana
MÉDIO ORIENTE - Visão Bíblica 1-n
Primeiras genealogias da humanidade
As primeiras genealogias justificadas através das narrativas do Primeiro livro das Crónicas conduzem-nos biblicamente a Israel e David.
Segundo esses livros das Crónicas o fio condutor das primeiras genealogias seria como segue:
Jacob, ou Israel, é visto como o pai dos doze antepassados das tribos de Israel.
As tribos que tiveram maior predominância no desenvolvimento da genealogia desde Adão a Israel, foram:
- Judá: David e Salomão são descendentes desta tribo;
- Levitas (de Levi): estavam encarregados do culto de Javé (*);
- Benjamim: Jerusalém e o Templo estão situados no território desta tribo.
(*) “Javé é Deus”
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Deus me ajude! E os homens sabedores desta matéria!
Para começar, as dicas que o prof. Carlos Moura já deixou aqui expressas em comentários ao post anterior, abriram-me alguns caminhos!