2006/09/16

ELOS CLUBE - Movimento em prol da Cultura Lusíada

O ELOS CLUBE de LEIRIA , em Assembleia Geral Extraordinária, no passado dia 14 do corrente mês, na cidade de Leiria, sob a presidência do Engº Carlos Fernandes, no decorrer da qual de trataram, entre outros, temas como:
  • Projectar para o imediato a Homenagem dos 100 anos de José Maria de Almeida (dia 4 de Outubro próximo, em Mangualde, Distrito de Viseu);
  • Encontro de Poetas Lusófonos na Batalha (dia 14 de Outubro);
  • Apadrinhamento da criação do Elos Clube de Arouca;
  • Propostas para o Plano de Actividades 2006/7.

As bandeiras expostas são: à esquerda na foto: Elos Clube de Leiria; à direita; Elos Clube do Rio de Janeiro, que apadrinhou a criação do Elos de Leiria.
A cadeira vaga, ao lado direito do Presidente da Direcção, Dr.
Arménio de Vasconcelos, era, por acaso, a do autor desta foto.
No uso da palavra, no momento da fotografia, de pé, o Vice-Presidente da Direcção, Adélio Amaro.

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Pormenores da Bandeira do Elos Clube de Leiria
Enviada do Brasil, conjuntamente com a do próprio Elos Clube do Rio de Janeiro, demonstrando-se, assim, a vontade de os vários Clubes espalhados pelo Mundo, particularmente, do Mundo da Comunidade Lusófona, reforçarem, nas mais diversas oportunidades, os seus laços de cooperação, no sentido da promoção das Artes e da Cultura em geral. Mais pormenores sobre este movimento internacional podem ser obtidos através do blog do Elos Clube de Leiria e outras presenças na Internet.
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NOTA:
Já agora aproveito para reforçar a informação de que todas as fotos que integram este blog são da autoria de António Nunes, salvo as que tiverem outra menção específica.
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...A GERAÇÃO BLOGUE ( parte II)


In "CORREIO de LEIRIA", Ano I, Nº 3 - Setembro de 2006
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GERAÇÃO BLOGUE (Blog)

Deu à estampa, há dias, o livro, de recente edição em Portugal, com o título “Geração Blogue”. O seu autor, Guiseppe Granieri, parece-me ser uma pessoa muito bem informada sobre a evolução das tecnologias associadas à Internet e das variadas formas como ela tem vindo a ser usada ao longo dos tempos. A um ritmo alucinante.
Uma constatação evidente: a Internet através dos blogues está a constituir-se como um meio de informação privilegiado e uma forma incrível de comunicação pluri-geragional e transdisciplinar.
Aqui chegados, somos imediatamente confrontados com a evidência do progressivo incremento do uso dos blogues (blogs). Com esta poderosíssima ferramenta, disponível na Net, duma forma gratuita e muito eficaz, nomeadamente através do “Sapo” e da “Blogger.com”, para referir os servidores mais em voga, estão a aparecer excelentes iniciativas comunicacionais, mais que editoriais, com autores, individualmente, ou constituídos em autênticas tertúlias, a afirmarem-se com qualidades tais, que parece impossível como é que tanta gente de elevado nível artístico e intelectual se tem mantido no anonimato. Os seus contributos para a qualidade da informação que circula na Net estão a revelar-se imprescindíveis. A informação assim publicada ficaria irremediavelmente perdida/esquecida nos computadores individuais até à próxima avaria e consequente formatação dos discos.
Concordo plenamente com a ideia de que existe, actualmente, uma geração muito particular. Que é caracterizada não pelo escalão etário a que cada um de nós pertence, mas sim, pelo facto de participarmos em conjunto num novo mundo, potencialmente muito mais que meramente virtual, o mundo dos bloguistas.
Uma geração a que se deverá prestar cada dia que passa mais e mais atenção.
Nesta sequência ocorreu-me que poderia utilizar este jornal para proporcionar aos seus leitores algumas dicas que os possam ajudar a integrar-se nesta nova geração dos blogues.(*)
Porque a verdade é esta: a geração blogue (blog) ainda está em gestação... apesar de muitos de nós já estarmos à luz do dia, alguns há já uns anos. Muitos mais engrossarão as nossas fileiras, com toda a certeza. Inevitavelmente!
Nunca é tarde para se aprender!
... A interdependência dos contributos de cada um de nós, independentemente das nossas idades temporais, é fundamental. O conhecimento e a experiência que cada um de nós armazenou na sua própria memória, ao longo da sua vida, desde que colocado à disposição de todos, de certo que poderá proporcionar a criação das condições indispensáveis ao surgimento duma nova geração em que todos nos passamos a conhecer melhor.
Talvez que estejamos a caminhar a passos cósmicos para uma sociedade mais justa e democrática, social e solidária no sentido da Felicidade...
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(*) Que já não é assim tão recente como isso mas que nos últimos dois anos tem vindo a impor-se exponencialmente. Em Julho de 1998, Pitas (http://pitas.com) lançou o primeiro serviço de blogging gratuito. Imediatamente a seguir surgiu o Blogger (http://www.blogger.com), pouco tempo depois adquirido pela Google, que deu um impulso decisivo para a difusão dos blogues em todo o mundo.

António Nunes
http://dispersamente.blogspot.com/ (onde se poderão encontrar muitos links de outros blogues)
nunes.geral@gmail.com
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2006/09/14

ATLAS das ÁRVORES de LEIRIA...e de outros lugares!

Fiz um telefonema para a Câmara Municipal de Leiria e pedi para falar com alguém do departamento que pudesse estar ligado à edição do "Atlas das Árvores de Leiria". A reacção inicial foi quase de estupefacção quando falei nesta "coisa" esquisita. Depois de alguma insistência da minha parte, que havia sim senhor, aquele Atlas, que até se fazia referência ao dito na Internet, etc e tal e de me terem respondido para ir à Biblioteca Pública, que lá é que se encontram os livros (então e do lado de cá da linha estava um pacóvio?!... assim sem mais nem menos rotulado?) lá me passaram para o Departamento do Ambiente. Fui simpaticamente recebido e, afinal, até havia a possibilidade de me facultarem um CD com esse tão procurado Atlas. Já o tenho de minha posse e já dei uma vista de olhos. Parece-me conter informação muito interessante mas algo desactualizada.
De qualquer modo já terei material mais disponível para identificar as árvores da cidade de Leiria.
Só um reparo a quem de direito: Quem consultar a Net à procura deste Atlas, depara-se com respostas deste género: "Consulta reservada", não disponível, o site não abre, o site abre mas não funcionam os links para o Atlas das árvores de Leiria. Mesmo no site da própria Câmara não há nenhum link para obter informações sobre este assunto. Lamentável, tanto mais que esta informação é de incontestável interesse público.
É que gosto mesmo de árvores. E de arbustos. E de jardins. De passear, devagar, com calma, a cheirar os seus aromas e olhar as suas figuras, os tons com que se nos apresentam, variados, com mais ou menos luz, mais ou menos juventude, e até com mais ou menos sons envolventes ou neles residentes.
E que dizer das fotografias que nos proporcionam?...E das pinturas?

2006/09/12

Cova das Faias - Leiria; Faias ou choupos?


Através do link acima e outros relacionados toma-se contacto com a aparência visual da Faia.No entanto: qual a razão do nome "Cova das Faias" à área entre Leiria e Boavista, melhor dizendo, entre a Boa Vista e Pousos? Só lá consegui encontrar choupos!...ou serão faias? Vejam-se as fotos agora aqui colocadas, tiradas hoje.
Já li que as Tílias, conjuntamente com as Faias são as rainhas das árvores. Tenho que confirmar, in loco, as Faias, a sua apresentação geral, as suas folhas, o tronco, a sua copa harmoniosa… Ainda tenho dúvidas se consigo reconhecer uma Faia ou a vou continuar a confundir com um choupo.
Sem querer ser maçador para os entendidos na matéria aqui deixo mais uma vez a interrogação: As árvores destas fotos serão faias? Ou serão choupos?
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Obs.: Siga o link relacionado com o tema deste post e observe as faias do Passeio Alegre, Porto, que são uma maravilha! Muitos de nós até conhecemos o local. Quantos é que repararam na beleza daquelas faias?
--> nota já em mar2007: são choupos. Pode-se confirmar esta afirmação mais adiante, noutros posts. Pode consultar-se o blogue

2006/09/10

FAIA/CHOUPO? - Sombra refúgio para trabalhar (ver também actualizações e poema - ao fundo)

Em Leiria, no Largo Cónego Maia. Com as requalificações de toda aquela área, será que esta árvore vai sobreviver? Outra, talvez com a mesma idade já foi derrubada no decorrer das obras de requalificação do Jardim Luís de Camões. Recentemente. Aquela que ficava junto à estátua aos Combatentes do Ultramar, quem seguia para a Avenia Heróis de Angola. Sei que há um projecto, que foi aprovado, que talvez ninguém tenha reclamado nos tempos e termos legais, mas não concordo que, no centro duma cidade da actualidade, não se adaptem os projectos às árvores já existentes, algumas há mais de 100 anos.
É um choupo? As faias são choupos? Confunde-se bastante quando se diz que um determinada faia é um choupo ..., mas vou rever esta matéria.
De qualqer modo se quiser deixar um comentário sobre este tema agradecemos, o editor e os leitores deste blog.
Este post foi colocado com a intenção deliberada de provocar. Podem-nos esclarecer? Talvez os serviços da Câmara Municipal de Leiria que têm um mapa com as árvores da cidade devidamente(?) catalogadas.
Será possível alguém prestar a informação requerida por esta via?
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  • ACTUALIZAÇÃO: 10/9/06 - 22H35
Este link proporciona informações interessantes sobre as faias. Da sua leitura fiquei com a ideia que a árvore deste post será um choupo.
Um outro sítio na Net sobre este tema é http://dias-com-arvores.blogspot.com
Muito interessantes os posts aqui colocados.
  • ACTUALIZAÇÃO: 10/9/06 - 23h50
Onde se poderá encontrar este célebre ATLAS das Árvores de Leiria?
Alguém nos pode informar pf?
Mostrem-se rapazes! Digam coisas sobre as árvores de Leiria.
Parecem-me ser muito jovens, não desanimem! Vejam se sabem porque é que substituiram as árvores centenárias que viviam no Largo da Sé, por Jacarandás, que podem ser muito azulinhos quando estão em flor mas que JAMAIS substituirão as árvores que já lá estavam e que tinham direito a continuar a viver, a dar albergue a centenas de pássaros dos mais variados, de pequeno porte, mas que enchiam o Largo e a alma das pessoas que lá viviam, com os seus gorjeios, trinados e VIDA.
  • ACTUALIZAÇÃO: 11/9/06 - 19h00
Confirmando as informações que fui colhendo parece-me que não restam dúvidas que estamos na presença dum choupo. Há vários choupos em Leiria.
Acontece que entre Leiria e a zona da BoaVista, existe uma zona a que se chamam, desde sempre, a "Cova das Faias". A verdade é que sinal de faias só as haverá do lado direito da variante auto-estrada que liga Pousos ao IC2, desembocando numa rotunda aérea (Esse troço, de 2 km, tem o traçado de auto-estrada, mas tem a velocidade limitada a 90 Km. Resultado. Quando a GNR decide que está na hora de cobrar umas multas é só assentar arraiais por ali, normalmente na Rotunda aérea. Quem vem dos Pousos, é certo e sabido que aí uns 95% dos condutores são apanhados com excesso de velocidade. Muito naturalmente dado o tipo de via que se vai a usar. É quase impossível circular a menos de 90 Km!... Enfim!).
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POEMA às ÁRVORES
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As árvores morrem de pé

Da minha janela eu via-as

Eram lindas com suas ramadas verdes
Pululantes de cantares e passarinhos;
Eram majestosas com seus troncos
Esculpidos pelo tempo, já velhinhos.

Eram sombra apetecida e procurada
Por muitos, que em devota oração,
A Leiria vinham e ali mesmo esperavam
Para ver passar a procissão.

Mas um dia alguém pensou que aquelas árvores,
Talvez por serem velhas de cem anos,
Já não tinham mais direito à vida
E que apenas lenha, eram seus troncos e seus ramos.

E vieram os homens e as máquinas
E às árvores, sem dó nem piedade,
Infligiram golpes e mais golpes
Num ritual de morte e saciedade.

Das árvores escorria-lhes a seiva
Quais lágrimas de tristeza e de dor!
E os homens continuavam a cortar
Isentos de bom-senso ou amor.

Também pela minha cara me escorreram
Lágrimas de revolta, sofrimento e dor
Pelas árvores que morriam a meus olhos
No meio de um espectáculo de horror.

E quando ainda hoje pela janela eu olho
Fico triste e por vezes choro até
Por pensar que os homens não deixaram
As Árvores morrer de pé!
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Zaida

2006/09/08

LARGADA À BALEIA

Monte Brasil-TERCEIRA - Posto de vigia das baleias
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LARGADA À BALEIA

Blocos de Ponta Delgada,
Torres de Angra,
Céus da Horta,
A hora é soada,
Um peito sangra
À nossa porta.
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Furnas da Graciosa,
Fajãs de São Jorge,
Neves do Pico,
Alguém me forge
O ferro, que eu não fico!
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Grotas das Flores
Chaves do Corvo,
Santa Maria!
Oiço tambores,
O ar é torvo,
A noite fria
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Lá vamos todos, todos,
Como lobos do mar,
Co as bandeiras dos bodos
As canoas varar:
Se o tubarão der à costa
Não falta quem no sangrar:
É perto o porto,
E o livre ilhéu, mesmo morto,
Não cora, se espernear.
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Essas lanchas, aí, na carneirada,
Que se aguentem entretanto
No balanço e no remar:
Mar alto, terra salvada,
Co Senhor Espírito Santo
Estamos quase a chegar.

13-3-1976
Vitorino Nemésio (1901-1978)
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(In “Portugal – A Terra e o Homem/ Antologia de textos de escritores dos séculos XIX-XX.
Em 1978, aquando da entrada no prelo da referida Antologia, a Fundação Calouste Gulbenkian, responsável pela edição, em homenagem ao seu autor, Vitorino Nemésio, que falecera entretanto, resolveu prestar-lhe uma merecida homenagem publicando, como Adenda, dois dos seus poemas: “Largada à Baleia” e “O Pico”.)

2006/09/07

MEMÓRIAS da TERCEIRA

Desde sempre me habituei a ouvir a minha mãe falar da sua Terra. A suas memórias, como que em sonhos, a ser as minhas memórias! Eu “via” o Monte Brasil, o Porto de Pipas, a baía de Angra. Eu “via” o Relvão e o Castelinho. Eu subia, com a minha mãe, as escadarias do Jardim do Duque da Terceira, até à Memória. Eu “brincava” com ela no coreto
Eu “ia” com ela às touradas na praça de camarotes de madeira (lá para os lados da Madre de Deus), que voavam em dias de temporal…Eu “viajava” com ela até ao Raminho, terra dos seus queridos avós. Eu habituei-me a amá-los como ela os amava. Eu conheci-os, sem os conhecer: o avô José Garcia, alto e magrinho, sempre de calças pretas ou castanhas, camisa branca e colete; a fazer os seus cigarritos com o tabaco por ele cultivado. Cigarros que acendia com pedra de ferir lume e fumava continuamente; a avó Maria Cândida, baixinha e gorda, a cheirar o rapé que guardava em bocetas, algumas feitas de “castanhas do mar”…Eu “vivi” com ela as festas do Senhor Espírito Santo.
E ao fim de 61 anos pisei a terra da minha mãe! E não sou capaz de explicar o que senti! As minhas “memórias de sonho” tornaram-se realidade! E agora compreendo as saudades da minha mãe. Porque são as minhas saudades.
Como desejo voltar a ver-te, a sentir-te, Terceira, minha Terra, Ilha de encantos!...


Zaida

2006/09/06

Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão.

Os doze provérbios, tela de Brueghel (o Velho) (Museu Mayer der Bergh, Antuérpia).
Pode-se indagar do significado de cada uma das figuras desta tela seguindo o link
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Uns comem os figos…

Pois é “uns comem os figos, outros rebenta-lhes a boca”…
Eu bem o avisei que “não há fumo sem fogo”; mas ele acreditava que o “hábito não faz o monge”! “Não há pior cego que aquele que não quer ver”…
É bem certo que “a ocasião faz o ladrão” e “a ambição cerra o coração”.
- “Quem te avisa, teu amigo é.” – repetia-lhe eu. “Fazer bem a vilão ruim é lançar água em cesto roto”.
Que não, que não! – respondia-me ele – “não julgues mal de ninguém, nem para mal nem para bem”.
Pois é…”o mundo nos vê, Deus é que nos conhece, ninguém é como parece”.
Pois, e agora “depois de casa arrombada, trancas à porta”…
E grita: - Ah vilão! “Pai não tiveste, mãe não temeste, diabo te fizeste”!
É bem verdade que “quem não tem vergonha, todo o mundo é seu”!
Pois… e “quem se engana, aprende”…

Zaida

2006/09/04

Um dia em Leiria

O dia amanheceu, rabugento, o nevoeiro mal deixa vislumbrar as ovelhas a pastar... A propósito, a figueira que se vê, foi ela que deu os figuinhos que estão no cesto do post anterior(+). Atenção que os ditos figos tinham destinatária.
Neste local, dum lado e do outro do Rio Lis (à direita) realizam-se as feiras semanais, Terças e Sábados, os feirantes a venderem de tudo, incluindo comes e bebes. A preços convidativos (quando não somos endróminados!).


A tarde já vai no fim, o Sol a fugir por entre as árvores e o Castelo de Leiria.

Será que entendi bem?

16:03 (JPP) desta data no seu blog

(Pequena parte da letra M, entre Maio 68, Marcuse e Música.)

TRABALHO DE LOUCOS

"Há coisas que ninguém com bom senso faz, e uma delas é escrever uma enciclopédia ou um dicionário. É, pela sua natureza, um trabalho colectivo e mesmo o célebre Dr. Johnson tinha uns "negros" para o ajudar. Eu, que estou a escrever um dicionário que na prática é uma enciclopédia, sei bem até que ponto é do domínio da loucura meter-me nisto.

...Quanto mais se sabe, mais falta saber, como naquelas histórias borgeanas sobre o mapa perfeito, que tem o tamanho do território a representar ou o olhar dos fractais para a linha da costa, do conforto da fotografia aérea, com a costa talhada a rigor, para passar para a terra, rocha a rocha, e depois duna a duna, areia a areia..."

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Quem sou eu para discordar?

Escrever uma enciclopédia, Dr. Pacheco Pereira, nos tempos que correm, sozinho ou com ajudas espontâneas?!...

2006/09/01

ANIVERSÁRIOS de PESSOAS IMPORTANTES

Hoje faz anos a minha filha Inês!

A Inês com 1 ano de idade, Setembro de 1970, Nampula, Moçambique. O pai, "este que vos está a escrever", estava a cumprir o serviço militar obrigatório. A mãe, a Zaida, levou-a para Moçambique, já com 7 meses e tal de vida. Convém referir, no entanto, que só viu a luz do dia, umas semanas depois. Conseguimos este feito porque eu era alf. miliciano do Serviço de Administração Militar e passei os dois anos nesta cidade. Bem bonita, por sinal, com acácias vermelhas, muitas acácias, pelas ruas/avenidas e no jardim "Felgueiras e Sousa" e com um perfume que perdura na minha memória, até aos dias de hoje. Mangas e papaias colhidas directamente da árvore. Fabuloso! Que saudades! Como será Nampula na actualidade?

Já com 10 anitos! Um dia de passeio, algures pelo pinhal de Leiria, um raminho de flores para oferecer à mamã! Lembras-te Inês?

2006/08/30

FIGOS vs UVAS...Aproxima-se o Outono

"Quem quer figos, quem quer almoçar?!..."
Pregão típico de Lisboa em tempos idos...
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Vem esta fotografia tirada a figos colhidos da minha figueira do meu quintal/jardim, a propósito dum post sobre "as colheitas" - assim deste género, segundo creio, num outro jardim que também tem umas árvores de fruto, como que a dizer que também elas são dignas de fazer parte do conjunto - com que a 3za nos presenteou recentemente.
Como prometido!

2006/08/29

Os bolos da Terceira e a Rainha D. Amélia



Os Açores não são só beleza para os olhos, são também um consolo para o paladar...

A alcatra, o pão de massa sovada... e estes bolinhos que encontrei numa das pastelarias mais conhecidas em Angra!...

Gostei particularmente das "Donas Amélias". Feliz e deliciosa homenagem à Rainha D. Amélia, que, certo dia, em 1901, visitou a ilha Terceira. As gentes da Ilha ofertaram-lhe os melhores bolos da região que, por esse facto, se chamam agora, Donas Amélias (*).

Conta a minha sogra, que nasceu há 87 anos no Raminho, que quando da visita de Suas Majestades D. Carlos e D. Amélia, foram escolhidas as mais bonitas meninas solteiras para os servir; entre elas uma sua tia-avó, dos Altares.

(*) O dito bolo saborosíssimo que não me cansei de provar e degustar é o que se pode ver no canto superior esquerdo da foto acima.

2006/08/26

Rochas - Mar - AÇORES


As rochas sobre o mar da Terceira!
Uma vertigem
Um sonho
Pasma-se!
Cisma-se

O Mar e as Rochas
da Terceira

A Natureza
Nua
Crua

DEUS!
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Não admira, pois:

(Praia da Vitória, na Rua de Jesus, a Rua central da cidade, ou noutra, um dos muitos painéis de azulejos, expostos nas paredes em locais bem visíveis, em justíssima homenagem aos poetas portugueses de todos os tempos e das mais variadas projecções mediáticas, incluindo os poetas locais com quadras de enlevo pela sua cidade, Natália Correia,Vitorino Nemésio (que aqui nasceu), Almeida Garrett (que aqui viveu alguns períodos), Antero de Quental, Fernando Pessoa e tantos outros lídimos representantes da escrita lusíada, universal e que se deseja perene...)

2006/08/24

GERAÇÃO BLOGUE (Blog)

1ª Edição, Lisboa, Agosto, 2006
  • Para além da excelência da forma de tratar do tema dos blogs e do seu contributo decisivo para transformar a Internet numa imensa infra-estrutura de discussão e de memória do conhecimento humano, há a realçar a extensa e interessante Bibliografia, que muito poderá ajudar os interessados.
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PLANO NACIONAL DE LEITURA

A Resolução do Conselho de Ministros nº 86/2006 aprova este plano e cria a respectiva comissão.
De relevar, nesta oportunidade, que uma das acções previstas com vista à prossecução dos objectivos preconizados por este Plano Nacional de Leitura é o apoio a blogs e chat-rooms sobre livros e leitura para crianças, jovens e adultos.
Pela leitura, reconheço que superficial, para já, retive como o objectivo fundamental do PNL:
Criar um ambiente social favorável à leitura
(Mais pormenores:
http://dispersamente.blogspot.com/2006/07/plano-nacional-de-leitura.html)

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No texto daquela Resolução usa-se expressamente o vocábulo blog.
Entretanto, começamos a sentir a necessidade de adoptar uma palavra portuguesa quando nos queremos referir a este recente e revolucionário meio de comunicar via Internet. Devemos começar a utilizar a expressão blogue como já se encontra impresso em título do livro cuja capa se apresenta?
A tradutora da versão original, Maria das Mercês Peixoto, optou por o fazer. Está-se mesmo a ver que no futuro próximo as hesitações vão ser frequentes. Na minha opinião, atendendo a que esta palavra não tem correspondência, na plenitude do seu significado, a nenhuma palavra do vocabulário da língua portuguesa, penso que deveremos utilizar a expressão blog em vez de blogue.(1) Por enquanto…
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A blogosfera é o lugar da conversa sobe o mundo. Nela existem pessoas que trocam opiniões sobre a realidade e contribuem para enriquecer a percepção que cada um tem do meio social, político e cultural em que todos vivemos”. Através dos blogs (ou blogues) os indivíduos “participam no grande jogo de influências chamado opinião pública”.
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Os blogues e o jornalismo tradicional são complementares, são duas áreas diversas do ecossistema dos media, fortemente interligadas mas com regras e equilíbrios diferentes.
Os blogues são, entre outras coisas, uma grande oportunidade para o jornalismo
”.
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(1) Veja-se o caso da expressão inglesa “scanning”. A dificuldade em traduzir esta palavra é flagrante. Só inventando uma palavra ou adoptando a versão inglesa no vocabulário do português. Começa a vencer a segunda opção. Scanning é a actividade de um cidadão que examina muitas fontes e que lê apenas aquelas de que necessita para os seus objectivos. O mesmo se passa com o scanning que se faz às estações emissoras de rádio. Tenho a experiência de radioamador há mais de 20 anos e desde então não conseguimos substituir aquela palavra sem que se perdessem as tonalidades evocativas daquele vocábulo inglês.

2006/08/23

Choro já de saudade!

(Antigo porto baleeiro de S. Mateus - Terceira. Em terra decorria uma largada de toiros à corda, mesmo aqui ao meu lado. 18 de Agosto de 2006)
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TERCEIRA
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Tantas vezes me falaste da tua Terra, Mãe!
Tantas vezes sonhei poder vê-la, senti-la…
Tantas vezes pensei ser isso apenas um sonho!

.
Mas aqui estou, Mãe, na tua Terra.
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Um sonho tornado realidade!
Um sonho de beleza que fundo nos toca!
Um sonho de contrastes, de tranquilidade!
.

Vou partir.
E choro.
Choro já de saudade
Desta Terra tão linda
Que é a tua, Mãe!
E que agora, sinto, é também a minha!
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Terceira, ilha encantada.

.
Zaida

2006/08/22

TERCEIRA- Açores (I)


Um dia destes da semana passada, na zona de Feteira, seguíamos em passeio auto, já com a Ilha da Terceira na cabeça do nosso guia-mor (o Carlos Moura) e tirei esta foto.
Ao fundo, os Ilhéus das Cabras, zona de protecção especial. Um ponto de referência inigualável.
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Nota: Após uma estada de 8 dias na Ilha Terceira, depois de uma viagem perfeita, melhor aterragem, aproximação ao Aeroporto de Lisboa com as reverberações douradas e alaranjadas do amanhecer a projectarem-se no horizonte marítimo e nas luzes da cidade, apesar de já virmos com quase 24 horas de atraso devido a problemas técnicos de última hora, ainda no Aeroporto, cansados mas felizes, cá regressámos ao "contenente".
Quantas recordações de todos os cantos e recantos daquela Ilha fantástica nós não trazemos! Da sua capital Angra, património histórico da Humanidade, da cidade da Praia da Vitória e dos múltiplos painéis de azulejos colocados nas paredes das ruas, com pequenos excertos de poesia e respectivos bustos de autores portugueses, e de tantos outros lugares e momentos! O Carlos Moura (prof.) está a compilar material para colocar na Net.
Vão espreitando o
http://clubedearqueologia.blogspot.com

2006/08/17

2006/08/12

FOGO!...

Foto que tirei hoje, dia 11 de Agosto de 2006. Um avião ligeiro, já a tarde caía no horizonte, de regresso à base, depois de ter lançado 2.500 litros de calda retardante sobre o fogo que lavrava na floresta ali perto, Leiria, Portugal. Uma desgraça que traz este povo português mais ansioso, como se já não tivéssemos motivos mais que suficientes para tal.

2006/08/10

IV - Maomé e o Islão

Em 476 d.C. o imperador do Ocidente Rómulo Augusto é deposto e termina o Império Romano do Ocidente.
Em 484 após peripécias várias consuma-se a ruptura entre as igrejas do Oriente e Ocidente que teve por ponto de partida oficial o edital de união o Henotikòn, que foi rejeitado por ambas as partes em conflito.
Mudemos a fasquia do tempo e situemo-nos entre 567 e 573, provavelmente em 570. Em Meca (Makka) nasce de Abd Allah e de Amina, Maomé (Muhammad) do clã Hashim da tribo dos Quaraysh.
Neste tempo, os Árabes tinham uma fé muito simples. Tal como os antigos Babilónios, adoravam as estrelas e também uma pedra que acreditavam ter caído do céu, que estava (e lá continua…) num santuário, o Santuário de Caaba, na cidade do oásis de Meca. Ainda hoje, os Árabes de todo o mundo, fazem peregrinações para irem lá rezar.
Desde muito novo que Maomé, a quem apelidavam de “Confiável”, mostrava muito interesse pelas religiões e gostava de conversar, não só com os peregrinos árabes que vinham ao santuário de Meca, mas também com cristãos que vinham da Abissínia, e Judeus, que viviam em grande número nas cidades dos oásis da Arábia. Nessas conversas o que realmente o impressionava era que todos esses peregrinos falavam dum Deus único, invisível e todo-poderoso. Em consequência, também ouvia falar de Abraão e José, de Jesus Cristo e de Maria.
Por volta do ano de 582, diz a tradição, Maomé, é preanunciado por um frade de nome Bahira como o Profeta que se avizinha.
No ano 610 d.C. Maomé recebe a inspiração divina para a primeira fase do alcorão. À terceira visão do arcanjo Gabriel, Maomé ficou a saber que ele era o Profeta através de quem Deus – Alá em árabe - ia dar a conhecer os seus desejos para a humanidade.
A nova religião que Maomé começa a pregar entre os Árabes é o Islão, que significa “abandono à vontade divina”. Os líderes tribais que guardavam o santuário começaram a ver em Maomé um adversário perigoso, razão pela qual, o Profeta acabou por se refugiar numa cidade noutro oásis, que mais tarde se haveria de chamar Medina, “a Cidade do Profeta”. Esta fuga ficou conhecida como Emigração – “Hégira” em árabe e aconteceu no dia 16 de Julho de 622 (calendário cristão). Os seguidores de Maomé passaram a contar os anos a partir desta data, começando assim a era muçulmana. (**)
Em Medina, Maomé explicou aos seus seguidores como Deus se revelou a Abraão e Moisés, como falou aos homens através da boca de Cristo e como o tinha escolhido a ele, Maomé, para ser seu profeta.
Deus único – Alá, revelado aos homens pelo Profeta Maomé, recompensa eterna para os justos, castigo eterno para os descrentes e maus e guerra santa contra os infiéis (jihad em árabe) constituem os fundamentos básicos desta religião, passados a escrito para um livro, que agora se chama Alcorão (ou Corão).
A descrição do Paraíso prometido aos seguidores da doutrina de Maomé é, de facto, uma maravilha irresistível para os crentes: (*)Maomé com as suas pregações ganhou enorme poder e prestígio, o que lhe permitiu organizar um exército com o qual derrotou e conquistou a cidade de Meca, da qual havia sido expulso.
Antes de morrer Maomé exortou os seus seguidores a rezar cinco vezes por dia, virados para Meca, a não beber vinho e a serem corajosos.
Maomé morreu em 632.
Os futuros representantes de Maomé eram os designados “califas”, os primeiros dos quais foram Abu Bakr e Omar, que se lançaram numa ofensiva vertiginosa em todas as direcções a partir de Meca. O zelo religioso era tal que os guerreiros árabes em pouco mais de 10 anos já tinham conquistado a Palestina, a Pérsia e o Egipto (que ainda fazia parte do Império Romano do Oriente, embora já muito enfraquecido). Este fogo religioso e militar avançou rapidamente da Pérsia até à Índia, do Egipto para todo o Norte de África.
A partir de 670, os exércitos árabes tentaram mas não conseguiram tomar Constantinopla, a antiga capital do Império Romano do Oriente. É nessa época que os Árabes conquistam as ilhas de Chipre e da Sicília, a partir de bases em África. De seguida, atravessaram para a Península Ibérica, que conquistaram aos Visigodos. O objectivo seguinte era tomar as terras onde hoje se situam a França e a Alemanha, que não foi atingido porque Carlos Martel, rei dos Francos, venceu duas decisivas batalhas, estávamos em 732, em Tours e em Poitiers. Se tal tivesse acontecido provavelmente hoje, na Europa, poderíamos ser todos muçulmanos.
Entretanto, este ímpeto expansionista Árabe, acalmou. A história continuou a seguir o curso dos séculos.

Sem dúvida que, em jeito de balanço sintético e apesar de todas as lutas sangrentas em que se envolveram em nome do Islão, muito do que é a civilização actual se deve à capacidade de síntese que os Árabes acabaram por demonstrar, fazendo o aproveitamento científico e cultural do que de melhor existia entre os povos que iam subjugando.
Resumidamente:
1) Os chamados arabescos resultaram do uso de belos padrões intrincados e entrelaçados de linhas de muitas cores, com os quais decoravam os seus palácios e mesquitas, já que a sua religião lhes proibia a reprodução de pessoas ou animais;
2) Com os Gregos aprenderam a coleccionar e a ler livros em vez de os queimarem. Traduziram para Árabe, os escritos de Aristóteles e, desta maneira, iniciaram uma autêntica revolução nas ciências; os nomes de muitas das ciências têm origem Árabe como a química e a álgebra;
3) Com os Chineses aprenderam a fabricar papel;
4) Durante séculos os Árabes contavam histórias de maravilha para transmitirem os seus conhecimentos e os factos e tradições da vida das suas Nações e tribos. Mais tarde passaram-nas por escrito. Quem não recorda a leitura das histórias de espantar do livro “As Mil e Uma Noites”?;
5) O sistema de numeração decimal que hoje usamos, em vez do sistema Romano (por exº 112 em vez de CXII) e que tantos benefícios trouxe ao cálculo matemático, devemo-lo aos Árabes que, por seu turno, o recolheram dos Indianos.

O rumo da história da humanidade levou a que os Árabes tivessem sido derrotados antes de conseguirem entrar na Europa Central, Oriental e parte da Ásia, mesmo assim conseguiram, através das suas conquistas que as ideias e os conhecimentos dos Persas, Gregos, Indianos e Chineses (através de prisioneiros de guerra) se reunissem numa cultura geral que muito veio beneficiar o homem.
Moral da história. Os conquistadores não conseguem governar para sempre mesmo em nome de Deus!


(*) Os Fiéis descansarão em grandes almofadas, reclinados e virados uns para os outros. Entre eles andarão mancebos imortais com taças e cântaros cheios de um néctar puro, que não produzirá nem dor de cabeça nem embriaguez. Lá haverá de todos os frutos, e carne de todas as aves, tanta quanta desejarem, e donzelas com olhos de corça tão belas como uma pérola oculta. Debaixo de árvores de lótus sem espinhos e bananeiras carregadas de frutos, a sombra prolonga-se e a água corre, e os Abençoados descansam. Os frutos estão a seu alcance e as taças de prata andam sempre a circular. Sobre si usam vestes de rica seda verde e brocados, adornadas com fivelas de prata.
(**) A era Cristã começou com o nascimento de Jesus Cristo.
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(continua: – O Médio Oriente no séc. XX e XXI)

@as-nunes

O Médio Oriente – Síntese Histórica

2006/08/07

III – Judeus, sem pátria


Como já foi dito, Jesus Cristo nasceu na Palestina, ocupada pelos Romanos.
Augusto reinou de 31 a.C. até 14 d.C.
Cristo foi acusado de querer ser o Rei dos Judeus e, por isso, por ser considerado um judeu rebelde e que não queria colaborar no endeusamento do César dos Romanos, foi condenado por Pôncio Pilatos a ser pregado numa cruz, o que constituía a maior humilhação para a época.
Esta cruz de vergonha e sofrimento passou a ser o símbolo do novo ensinamento e passou a ser anunciado através do Evangelho, ou Boa Nova (tradução do grego eu-angelion, ou Evangelho). Ter presente que os escritos que constituíam o Antigo Testamento já tinham sido levados para a Grécia e lá traduzidos.
Esta Boa Nova passou a ser a base do Cristianismo. Deus, que é Pai – símbolo de compaixão pelos pobres e oprimidos.
Este Deus único e invisível era o mesmo em que os Judeus já acreditavam antes de Cristo.
Por adorarem um Deus diferente que os próprios Césares dos Romanos, quer os Cristãos quer os Judeus passaram a ser severamente punidos pela lei Romana.
Alguns anos depois do reinado de Nero, estalou em Jerusalém uma revolta contra os Romanos. Desta revolta resultaram lutas sangrentas entre os habitantes de todas as cidades judaicas e as legiões romanas. Após vários anos de fome e cercos, os Judeus foram expulsos de Jerusalém (os que escaparam da crucificação e dos massacres), e assim começou a sua saga, espalhados pelos quatro cantos do mundo, ficando, a partir daí, sem pátria.
Mantiveram, apesar de dispersos pelo Mundo, as antigas tradições judaicas, liam a Bíblia e passaram a distinguir-se dos Cristãos pelo facto de manterem a crença que o Messias que os havia de salvar ainda não tinha chegado, o que acontece até aos dias de hoje.
Passaram a dedicar-se ao comércio e à finança, actividades em que se tornaram exímios e ainda hoje os destacam da maior parte dos povos.(1) (2)
Na Diáspora, tiveram que suportar muitos rancores e incompreensões, sofreram os horrores do fanatismo da Inquisição da Igreja Católica, foram expulsos e espoliados de Portugal e outros países e, mais recentemente, foram massacrados aos milhões pelos Nazis no decorrer da II Guerra Mundial. O Holocausto existiu!
A época pós II Guerra Mundial será tratada em capítulo destacado dado ser uma época determinante na evolução vulcânica de toda a zona do Médio Oriente actual e na orientação estratégica das políticas internacionais de vários países, com influência decisiva na vida económica, social e religiosa de toda a humanidade.
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(1) Tiveram mesmo de se dedicar a essas actividades, nos séculos passados, pois era-lhes negada a posse de quaisquer propriedades ou o exercício de profissões liberais; ademais, sendo forçados a viver em ghettos.
Alda Maia (ver comentário)
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(2)Também a prática bancária foi abraçada pelos judeus pelo facto de não estarem sujeitos às regras da Igreja Católica que proibia a prática da usura. Tal facto levou a que muitas vezes fossem vistos como aqueles a quem se devia dinheiro, facto esse explorado até à exaustão, por exemplo, pelas ideias racistas do século XX, nomeadamente o nazismo.
Portugal, depois da expulsão dos judeus, no reinado de D. Manuel I, não só expulsou o único grupo com capacidade económica para financiar os descobrimentos, como expulsou grande parte da elite intelectual do país e que tinha tido um papel fundamental nas viagens além-mar. Quem beneficiou com isso foi a Holanda, potência que, não por coincidência, se viria a impor no século XVII.
"Tozé Franco" (Ver comentário)
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Imagem acima:
O judeu errante, pintura de Gustave Doré
O Judeu Errante é um personagem mítico, que faz parte das tradições orais cristãs.
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(continua)

2006/08/04

II – O Judaísmo e a Palestina

A zona do Médio Oriente que com o decorrer dos séculos passou a chamar-se Palestina, foi, no princípio do segundo milénio antes de Cristo habitada por diversas etnias sedentárias designadas por cananeus. Mais a Norte, na Mesopotâmia (actual Iraque), na Síria e no Líbano, viviam, entretanto, povos semitas de variadas origens (Arameus, Amoritas, Caldeus).
No séc. XV a.C. tribos aramaicas instalam-se na região de Canaã (a Palestina) e dão vida à cidade que hoje se chama Naplusa. Esses povos passam a designar-se por “Ibrim(1).
Segundo narra a Bíblia (capítulo XII do Génesis) este acontecimento está directamente relacionado com o aparecimento de Abraão, vindo da cidade de Ur.
Muitos destes Hebreus prosseguem na caminhada até ao Egipto onde se sedentarizam em terras oferecidas pelos faraós e onde se cruzam com outros povos.
Por volta do ano de 1250 a.C. uma nova dinastia sobe ao poder no Egipto que acaba por reduzir os Hebreus à escravidão até que, no séc. XI a.C., dirigidos por Moisés, os Hebreus conseguem evadir-se, atravessam o Sinai, sobem os montes Moabe, na Transjordânia (actual Jordânia). Segundo a Bíblia, é desta época a revelação divina, através da qual se firma uma aliança entre Deus, o Único, Jeová, e o seu povo eleito, os Hebreus. Moisés, ainda segundo a Bíblia, recebe a tábua dos Dez Mandamentos, directamente de Jeová.
A partir daqui os Hebreus tomam Canaã, depois de destruírem Jericó, sob o comando de Josué. Para o efeito tiveram de franquear o rio Jordão.
Por volta de 1.200 a.C. chegam à Palestina os Filisteus (2), que se cruzaram com a gente de Canaã, por sua vez já uma mistura de povos completamente mestiçada com os Hebreus, e organizam numa confederação de Povos para entrar em disputa com os Hebreus vindos do Egipto.
Depois de muitas lutas, David, considerado o primeiro Rei dos Hebreus (1066-996 a.C.), vence os Filisteus e impôs um império hebreu que se estendia do Eufrates ao Nilo (3). No seu reinado foi tomada a cidade de Jebus (dos Jebuseus), que passou a ser designada por Jerusalém e a ser a capital dos Hebreus.
Salomão, filho de David, que lhe sucedeu como rei dos Hebreus, transformou Jerusalém na metrópole religiosa do Judaísmo (4)
Após a morte de Salomão há uma cisão entre as tribos deste enorme reino dos Hebreus que se cinde em dois: Judá e Benjamim que constituem o reino de Judá, que detém o poder sobre Jerusalém; as tribos de ISRAEL que formam o reino de Samária, entre 926 a 722 a.C. com a capital política em Sicheme (actual Naplusa).
As tribos de Israel lutam ferozmente entre si e acabam por ser deportadas para a Babilónia, depois de os Assírios e os Babilónios os atacarem e submeterem.(5)
O reino de Judá teve uma duração de 925 a 587 a.C. mas teve o mesmo destino que os de Israel, depois de duas revoltas a segunda das quais é esmagada por Nabucodonosor e durante a qual mandou arrasar o templo de Jerusalém.(6)
Depois dos Persas terem conquistado a Babilónia, em 539 a.C. o rei Ciro liberta os judeus e estes reentram na Palestina. O templo é reconstruído a suas expensas.
Depois de todas estas vicissitudes, o povo Hebreu, começa a afrontar-se por três tendências: integração, assimilação e racismo teocrático(7).
No decorrer dos 3 séculos imediatamente antecedentes a Cristo os Judeus conseguiram reconstituir praticamente todo o antigo império de David e houve inúmeros povos da zona que se converteram ao Judaísmo.
Os Romanos invadem a Palestina em 63 a.C. e ocupam Jerusalém. O célebre Herodes o Grande é quem reina no tempo em que surge Jesus.
Jesus é, então, identificado como “um certo palestiniano de fé judaica”.
Segundo algumas opiniões, só em 49 d.C. é que surgiu definitivamente o princípio da segunda religião monoteísta do Mundo: o Cristianismo. A partir duma cisão do Judaísmo.
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(1) Os que vêm da outra margem do rio já que eles transpuseram o Eufrates para se instalarem em Canaã. Do termo “ibrim” acabou por resultar no nome “HEBREUS”.
(2) Povos vindos de Creta e que fundaram as cidades de Gaza, Ascalon, Ecron e Gad ( a Pentápole). Formaram uma confederação com outros povos vindos das Ilhas do Mar Egeu a que se passou a chamar “a liga do mar”.
(3) Esta razão histórica fundamentou a teoria dos sionistas judeus que, a partir do séc. XIX, começaram a reivindicar um Estado que abrangesse toda aquela área.
(4) A primeira religião monoteísta do Mundo.
(5) Os babilónios povoaram então a Samária (reino de Israel), e mestiçaram-se com os hebreus. Estes povos, os Samaritanos, ainda têm descendentes a viver em Naplusa.
(6) O Antigo Testamento foi escrito no decorrer deste exílio.
(7) É nesta altura que se destacam dois sacerdotes que escrevem as chamadas “Crónicas”. São eles Esdras e Nehemias. É nessa data que é formulada a “Lei” que até hoje regula a vida dos judeus e do Estado de Israel: interdição do casamento misto, vida quotidiana pautada pela Lei, que os judeus são obrigados a conhecer, interpretar, explicar. Estes livros integram a “Bíblia2000” – publicações Alfa.
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(continua)

2006/08/01

Uma visão pró-Palestiniana

Este livro deu entrada na minha biblioteca em 24 de Outubro de 1973. Poucos anos passavam desde a célebre Guerra dos seis dias em que os Israelitas derrotaram inapelavelmente os exércitos dos países Árabes de que se encontra rodeado.
A autora, Ania Francos, é de ascendência judaica, embora, segundo declara na sua "introdução" tal facto não tivesse grande significado para ela. E prossegue dizendo que o judaísmo foi a religião dos seus antepassados, mas que ela era ateia, à semelhança de seus pais; ele morreu deportado em Auschwitz e era apátrida, ela era Polaca. A autora nasceu em França no dealbar da Primeira Guerra Mundial.
Em deteminada altura escreve: "o inconforto irrompe nos meios europeus, recentemente convertidos à causa palestiniana, para os quais um judeu é sempre suspeito, sobretudo quando se recusa a entrar num molde. O anti-semitismo, o seu peso, senti-o bem na Europa; raro porém entre os Árabes; e jamais no convívio de palestinianos."
O livro é, declaradamente, uma apologia da causa palestiniana...
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Ed. Portugal: Seara Nova - 1970

MÉDIO ORIENTE - Visão Bíblica 1-n


Primeiras genealogias da humanidade

As primeiras genealogias justificadas através das narrativas do Primeiro livro das Crónicas conduzem-nos biblicamente a Israel e David.
Segundo esses livros das Crónicas o fio condutor das primeiras genealogias seria como segue:



Jacob, ou Israel, é visto como o pai dos doze antepassados das tribos de Israel.
As tribos que tiveram maior predominância no desenvolvimento da genealogia desde Adão a Israel, foram:
- Judá: David e Salomão são descendentes desta tribo;
- Levitas (de Levi): estavam encarregados do culto de Javé (*);
- Benjamim: Jerusalém e o Templo estão situados no território desta tribo.

(*) “Javé é Deus”

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Deus me ajude! E os homens sabedores desta matéria!

Para começar, as dicas que o prof. Carlos Moura já deixou aqui expressas em comentários ao post anterior, abriram-me alguns caminhos!

2006/07/29

Pedrógão Jul 2006


Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto ao mar

Sophia de Mello Breyner Andresen, Livro Sexto

2006/07/28

COMO QUE UMA MENSAGEM DE AMOR...

Inesperadamente dois aviões, muito velozes, a grande altitude, sobre o mar junto à zona do enfiamento da base aérea de Monte Real, fizeram esta bela acrobacia aérea...
Eu estava na praia do Pedrógão e tirei esta foto, quase por instinto!

Guerra Israelo-Árabe ou Guerra Global?

O nº 2 da al-Qaeda, Al-Zawahiri, em vídeo-mensagem, a sétima já este ano, ameaça Israel e todo o mundo não Islamita:

"A guerra vai durar até o Islão prevalecer no Mundo".

Afinal parece que se confirma que estamos face a uma guerra global.
Tanto fundamentalismo, tanta incompreensão, tanta arrogância dos mentores religiosos! E o poder económico à espreita!

2006/07/27

HISTÓRIA da HUMANIDADE - Início


O Médio Oriente, a sua geografia política, a sua influência determinante e incontestável em toda a história da humanidade, estão na ordem do dia.
A guerra feroz e sangrenta que está em curso, que opõe o estado de Israel aos grupos guerilheiros do Hezbollah (guerreiros de Deus do Islão, de confissão xiita, a mesma que a al-Qaeda, sunita, tem atacado brutalmente em múltiplos atentados no Iraque) na parte leste (Líbano) e Hamas (Palestina), impeliu-me a procurar e rever o máximo de informação sobre esta área, mais precisamente, a parte do mundo, entre a antiga Mesopotânea (actual Iraque) e o Egipto.
De facto já está mais que provado que foi nesta parte do mundo que teve início a história do homem, as suas crenças religiosas, as suas movimentações ao sabor das guerras e do comércio e das primeiras viagens aventureiras dos navios mercantes.
O fundamental da História, a época do homem que nos marcou, divididos em variadíssimas Nações e Civilizações, até à actualidade, pode-se simplificar que começou por volta de 3.100 a.C. O Egipto e o Nilo são marcos definitivos dessa fronteira do tempo Histórico.
Não tenho em mente fazer uma narração exaustiva dos factos históricos que a humanidade viveu até à Modernidade. Nem para tal me sentiria habilitado.
Pretendo, muito simplesmente, fazer uma recapitulação de alguns factos que poderão justificar algumas das confusões e equívocos em que o homem actual vive. Para que eu próprio tente perceber as razões mais profundas de alguns dos acontecimentos mundiais da Actualidade.

Que Deus* me ajude!

*) Ora aqui está o cerne da questão!
nota: A imagem (parcial) acima consta do livro "Uma Pequena História do Mundo" de E.H.Gombrich - ed. "Tinta da China" - Maio 2006 (e-mail desta data para efeitos de autorização do seu uso neste blog)
...
(continua)

2006/07/26

SOU AVÔ!

Os meus netos têm, ela, 10 anos e ele, 8. Tinha planeado escrever algo para marcar esta data tão simbólica para mim.
Entretanto, a Zaida, minha mulher, antecipou-se e "prantou" um post, muito a propósito, no seu blog
Que mais posso eu dizer, sendo que os netos que ela homenageia são também os meus?...
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Ainda que: Sabem que hoje se comemora o "Dia dos Avós" em homenagem a Santa Ana e São Joaquim, avós de Jesus Cristo?
No primeiro dia de catequese da minha neta mais velha, a Mafalda. Passou para o 5º ano, o Gui para o 3º.

Israel e Árabes não se entendem? - A vida continua.

São 11 horas da noite. Sinto-me estourado. Diz que estou de férias. Durante esta semana.
Estou a apreciar não ter que me sujeitar à rotina do dia a dia do trabalho profissional.
Vai para o terceiro dia que compartilho estes dias de férias, casa-fora-casa, com os meus netos. À Zaida acabam por calhar os trabalhos mais pesados de olhar por aqueles mariolas. Eu só a dar uma mãozinha. E estou para aqui todo partido. Digamos que hoje até tenho razões para isso. Fomos de manhã cedo para o Pedrógão-praia, uma catrefa de coisas para acartar, montar arraial na praia, mesmo ali juntinho ao mar. A maré estava baixa e tínhamos à vista umas piscinas naturais com ondas (pequeninas) e tudo. A água, assim às primeiras, estava fria, mas com alguma persistência e algum sangue frio lá me habituei àquela temperatura e participei numas brincadeiras.
Da parte da tarde, lá para as 6 e tal, voltámos à praia. Aí é que foi a machadada final neste físico pouco habituado a exercício mais activo. Organizámos uma jogatina de futebol, a marcar penalties, apareceu mais um miúdo, já éramos o Simão, o Ricardo, o Cristiano Ronaldo, eu sei lá que mais.
Estou todo quebrado e acabei por apanhar praia e sol demais, acho eu, que o estou a sentir.
Cansado(s) mas contentes. Parece que amanhã há mais. Vamos lá a ver se me aguento nas canetas!
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Seguem-se mais 3 posts com fotografias da Praia do Pedrógão. Para mim, esta praia é um sonho e recorda-me muitos outros sonhos e vivências, algumas com 40 anos...

2006/07/25

Praia do Pedrógão 2006 - Uma visão

Uma visão!
As dunas logo a seguir.
Mais ao fundo o mar do Pedrógão.

Pedrógão - Pesca Arte Xávega

Este tipo de pesca ainda se pratica nesta Praia, mas limita-se à época de Verão. O barco é movido a motor fora de borda. Talvez não tenhamos que regressar a mais de 5 anos atrás, estes barcos ainda eram manobrados a remos.

Praia do Pedrógão - chegada!

Entrada da marginal da Praia do Pedrógão quem vem pela estrada de Monte Redondo (aliás a antiga, que era a única, estrada, que ligava a Praia do Pedrogão ao resto do Mundo). Hoje já se pode entrar vindo da Vieira.

2006/07/23

"RAPAZITO" RADIOAMADOR?!


OLÁ!
Chamo-me Rapazito e tenho 1 ano. Sou o personagem principal do http://gatimanhos.blogspot.com . Não era minha intenção fazer publicidade dos meus predicados mas já que surgiu esta oportunidade!
Estava eu descansadinho aqui a observar estas traquitanas todas do meu dono eis senão quando ele me lança um flash para os meus olhos que até me deixou atordoado! Mas não me atrapalhei e como podem ver até nem fiquei mal de todo na fotografia.
Já que ele, que afinal é que é encartado como radioamador desde 1982 - vejam só - ultimamente não tem ligado muito à sua estação de rádio, eu vou aproveitando e durmo umas ricas sonecas, aqui mesmo, em cima do amplificador linear de potência de emissão.
Bye!...

2006/07/22

CONSPIRAÇÃO BLOGOSFÉRICA


Querem tramar o abrupto?!
Tenho andado a ouvir para aí dizer que está em organização (aliás parece que até já andam a fazer umas simulações a ver no que resultará a táctica em estudo) uma conspiração muito bem orquestrada (também ainda não se sabe quem será o cabecilha, mas ao que parece já há umas pistas que talvez permitam desmantelar a dita, vamos lá a ver) que tem como objectivo ÚNICO o de riscar do mapa blogosférico o ABRUPTO.
Já agora, permitam-me que vos transcreva, com a devida vénia do "geração-rasca", um comentário que lá acabei de colocar:

asn said...
Ó meus amigos!
Então não é que há dias estava eu todo atarefado a fazer umas cogitações, seguidas de experimentações, com o meu template e, de repente...INESPERADAMENTE, o sacrista apagou-se?!
Fiquei siderado! Querem lá ver que fiz práqui alguma asneira? Mas como?...
Agora, está-se-me a fazer LUZ no meu espírito blogosférico. Querem lá ver que anda por aí algum(a) pirata informáticomaníaco a querer tramar-me?
...
Adeus...
22 Julho, 2006 20:37

Contabilista nos anos 70...


E não só...
Reparem no livro de "...BASIC"...andava às voltas com a preparação de aulas para os alunos do 12º ano.
Primórdios da década de 80. Pela 1ª vez em Portugal pretendia-se introduzir o ensino de Noções Básicas sobre computadores. A disciplina chamava-se "Introdução aos Computadores". Praticamente não havia literatura sobre a matéria, no nosso país. Eram os tempos dos 48k, do Zx spectrum, com armazenamento da informação binária em cassetes de fita magnética, da linguagem de programação BASIC e pouco mais.
O que me valeu foi que os próprios alunos sabiam das condições extremamente precárias em que se estava a querer ensinar aquela matéria, novidade absoluta em Portugal a nível de Ensino. Posso dizer-vos que o Programa sugerido pelo Ministério da Educação da altura, era um simples índice de sugestões orientativas. Não havia qualquer espécie de manual.
Ficarei para sempe grato a estes alunos excepcionais... Aprendemos a Informática Básica em conjunto!
Fabuloso!

2006/07/21

PAZ, AMOR e SOLIDARIEDADE



PEACE, LOVE and SOLIDARITY

ALL OVER the WORLD

ISRAEL X PALESTINA – QUEM TEM DIREITO À TERRA?

...
“Devemos notar também o interesse militar que aquela faixa de terra despertava por ser geograficamente estratégica, ligando África/Ásia/Europa. Eliminar todos aqueles que pensavam diferente sempre fez parte das políticas ditatórias da história e não foi diferente nos governos islâmicos. Dentro deste contexto, podemos admitir que o Islã não têm o direito de negar a Israel o seu estado. É obvio que a recíproca é verdadeira, e os Judeus não tem o direito de hostilizar os muçulmanos! Embora sejam raros os países que abrigam muçulmanos e não tenham problemas com essa religião!”
...
http://www.cacp.org.br/ISRAEL_%20PALESTINA.htm

Já li outras teorias...mas a confusão permanece!

2006/07/20

UMA CANÇÃO DE PAZ

(Foto asn - jun2006)
Arrasa tudo que se oponha à tua
aspiração de ver a paz na Terra
Que a guerra mesmo a menos crua
é sempre guerra

Ergue bem alto a força da palavra
e torna-a mais potente que o canhão
Que a guerra seja apenas sombra escrava
de má recordação

Arrasa tudo que se oponha à tua
decisão de alcançar a paz na Terra
Que a guerra mesmo a menos crua
é crime é sempre guerra

Vicente Campinas, Raiz da Serenidade

TERRíVEL!...Mas não devemos enterrar a cabeça na areia!


Imagem terrível que tanto pode vir do Líbano, como de Israel, como da Palestina, como do Iraque, como do Afeganistão, como...de outras partes do Mundo!
Já é tempo de o HOMEM Pensar e Conversar em vez de Matar e Destruir!...
---

2006/07/19

Súplica ao Homem


Deus criou o Homem à Sua imagem
E o Homem, na sua mesquinhez, achou-se Deus.

E ignorando Deus
Ou em nome de Deus

Pecou
Blasfemou
Lutou
Matou

E ignorando Deus
Ou em nome de Deus

Cortou florestas
Abriu estradas
Desviou rios
Construiu arranha-céus

E ignorando Deus
Ou em nome de Deus

Continuou a pecar
A blasfemar
A lutar
A matar


E um dia, do alto do seu orgulho
Olhou a Terra e exclamou:

Homem, venceste!

Pecaste
Blasfemaste
Lutaste
Mataste

Mas a Natureza está feita à tua medida!

Na sua mesquinhez esquecera-se de Deus
Esquecera-se que não era Deus.

E numa manhã de Dezembro
Em poucos minutos apenas
A Natureza em fúria
Mostrou ao Homem o Seu poder

E foi a destruição
O luto
A dor
O sofrimento

Por momentos o Homem reparou que não era Deus

Mas depressa o esqueceu

E ignorando Deus
Ou em nome de Deus

Voltou a pecar
A blasfemar
A lutar
A matar

Homem, PÁRA!
Já é tempo de respeitares Deus
De respeitares a Natureza
De te respeitares a ti próprio!


--
Zaida Paiva Nunes
In "Pedaços de Mim"
col. 25 Poemas
Ed. Folheto-Leiria-2005
---
O momento que a Humanidade atravessa em que se continua a lutar e a matar por motivos quase que incompreensíveis, aliado à notícia de um novo cataclismo natural, justificam a reprodução deste poema. A autora, ela própria, me pediu a sua inclusão neste blog, em jeito de SÚPLICA A TODA A HUMANIDADE.

2006/07/18

FUNDAÇÃO GULBENKIAN - Obrigado!

A Fundação Calouste Gulbenkian foi criada em 18 de Julho de 1956 pelo que se comemora hoje o seu cinquentenário.
Ao longo destes 50 anos de actividade em Portugal e noutros países, as suas actividades repartem-se por quatro áreas-chave de actuação:

Arte (belas artes e música)
Beneficência (saúde e desenvolvimento humano)
Ciência (investigação e divulgação)
Educação (apoio e desenvolvimento educativo)
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Pessoalmente, estou para sempre grato à Gulbenkian, por dois motivos fundamentais:
1- Foi através da utilização regular de uma das suas Bibliotecas Itinerantes, que estacionava de 15 em 15 dias, no Adro da Igreja de Abravezes em Viseu, que me iniciei no hábito da leitura intensiva. Chegava a requisitar para esses 15 dias, 4 e 5 livros. Estávamos por volta dos anos de 1959/61.
2- Recebi, durante dois anos, já no Porto, uma Bolsa de Estudo destinada a estudantes de fracos recursos materiais e com boas notas.
---
Aqui deixo os meus votos de prosperidade e dos maiores êxitos na gestão dos seus recursos e das suas actividades...

2006/07/17

Travessuras duma MOSCA

Que diabo!
Como é que aquela mosca ali ficou na fotografia? É verdade, segundo o próprio autor da fotografia me informou, só deu pela mosca mais tarde. Claro que com estas novas tecnologias do tratamento de imagem consegue-se, com facilidade, apurar estes destaques.
Por coincidência, li a seguinte poesia de Alexandre O´Neil, que transcrevo:

DUAS MOSCAS OU A MESMA?

1

- Onde já vi esta mosca?
- Mas em toda a parte, filha,
desde o bolo de noivado
à minha tépida v´rilha!

2

Eis a mosca popular
aferroada aos miúdos,
avioneta escolar
para fugir aos estudos!

---
POESIAS COMPLETAS
Assírio & Alvim - 2005 (4ª edição)

2006/07/16

A MARCHA PARA A GUERRA (COM O IRÃO)


"We're gona go to Afghanistan, then Iraq. And then we're going to Iran and Syria and Lebanon and Yemen. And then we're gonna go to Jerusalem and take back the Middle East! YYEEEEEAAAARRGHH!"
Bill Kristol, editor of the NewsCorp. owned neo-conservative magazine The Weekly Standard, tells us why the recent events in Israel implore us to war with Iran (even though Kristol has been advocating for a military engagement with Iran as far back as I can remember--he is also the Chairman of the Project for the New American Century). "
... "http://liberaljournal.blogspot.com/2006/07/march-to-war-with-iran.html"
In "Liberal Journal" blog
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Lendo-se este post na íntegra fica-se com uma ideia horripilante do que poderá estar a preparar-se nos bastidores para "resolver" o intrincado puzzle do Médio Oriente e, eventualmente, da Ásia. A questão da Coreia do Norte não pode ficar esquecida!

Os factos aí estão no terreno, com desenvolvimentos diários. E repare-se que não é só do Médio Oriente que temos que falar e prestar a nossa atenção. Toda a Ásia está na ordem do dia.

... Muito sinceramente é-me muito difícl entender como é que na Síria se consegue mobilizar uma caravana de automóveis (mais de cem segundo vi e ouvi na TV) em Damasco, cheios de pessoas com banderinhas, a rirem-se, aos gritos de entusiasmo, que até quase que me convenci que tinham ganho um qualquer "Campeonato do Mundo". Afinal tratava-se da comemoração por um ataque parece que bem sucedido a um navio Israelita.

É deveras preocupante toda esta embrulhada em que o Mundo anda envolvido. Até parece que estavam à espera do final da "Taça do Mundo de Futebol"!...

2006/07/15

Anoitece...o calor entontece...

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Ao anoitecer...

Na direcção do poente, a Sra do Monte, as Cortes, mais à esquerda Curvachia, em fundo o céu poente, 21 horas e trinta minutos, estou on-line, com um PC portátil, ligado com a placa 4G vodafone, a velocidade da comunicaçao não é nada de especial, mas chega para as minhas necessidades.
Além do mais, a este local onde estou, não chega o sinal de ADSL, não sei como é que, a menos de 5 km do centro da cidade de Leiria, não tenho adsl! Nos tempos que correm?
Também quero dizer o seguinte: mesmo que a PT consiga fazer chegar aqui o sinal (chegava, chegava, bastaria que houvesse aqui nas redondezas uma ou duas grandes empresas e/ou serviços públicos da Administração Pública Central...) não adquiria este serviço, particularmente dado o seu preço, ainda por cima em fixo.
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