2007/01/01
2006/12/31
ANO NOVO, ANO NOVO, deita fora o Ano Velho...
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti, em árabe صدام حسين (Tikrit, 28 de Abril de 1937 —
Executado por enforcamento em Bagdad, 30 de Dezembro de 2006).
Mais(...)
2006/12/28
ANO I de BLOGUES - Um balanço
Claro, as interrogações que me continuam a assaltar constantemente, são várias:
- Por quê escrever e publicar para todo o mundo?
- Que termo usar: blog ou blogue?
- Que temas abordar?
- Ter ou não ter mais que um blogue activo?
- Manter as páginas (sites) tradicionais em actividade, inactivas ou apagá-las da Rede, pura e simplesmente?
- Outras, várias e dispersas que não será oportuno dissecar num simples post deste modesto blogue.
Em jeito de balanço apetece-me dar o meu contributo para se aprofundarem possíveis respostas às questões acima levantadas.
Por quê escrever?
Podíamos começar por abordar este tema fazendo um apelo geral às escolas, aos pais, aos meios de comunicação social, aos jovens. É preciso ler. Ler muito e sobre os temas mais variados. E reflectir sobre o que se lê. E comentar o que se lê, que só assim se poderá seleccionar as disciplinas a tratar e a forma de as encarar. Com mais ou menos profundidade. Tendo sempre em conta que o que se escreve e como se escreve deve ser perfeitamente direccionado, diria mesmo, cirurgicamente orientado.
A prioridade terá de ser: LER muito.
E haja quem escreva, com responsabilidade!
Blog ou Blogue?
Quando se começa a escrever nos blogues a primeira tentação é utilizar o termo original do inglês: blog. Depois começamos aos poucos a questionarmo-nos, porque não usar uma palavra que nós possamos vir a integrar no português? Blogue acho que está bem. Claro que teremos que esperar mais algum tempo até que se torne oficial o uso deste provável novo vocábulo. Até pode acontecer que, entretanto, passemos a nova fase das comunicações e nem seja preciso fazer adaptações à nossa língua!
Que temas abordar?
Os blogues já em actividade são aos milhões. Já se fala em mais de 90 milhões a nível global. No entanto, passado o boom de 2006, é muito provável que só se mantenham em actividade regular, menos de metade. É que manter um blogue com algum interesse e que motive as pessoas a consultá-lo não é tarefa simples nem se consegue levar avante com uma atitude meramente desportiva, a fazer praia, de toalhinha na mão, alpercatas para não queimar os pezinhos ou no café a fazer sala (quando muito a trocar umas palavrinhas breves com os amigos e beber um cafezinho…). Claro que estou a pensar propriamente nas pessoas que gostam de participar dos blogues e que, em simultâneo, exercem a sua actividade profissional, colocando esta em primeiro lugar, como é lógico e terá de ser.
Os temas que estão a ser abordados nos blogues são múltiplos, há assunto para todos os gostos. Uma coisa é certa. A base de dados dos motores de busca, designadamente da Google está a aumentar exponencialmente, todos os dias, com novas entradas vindas dos blogues. É de loucos!
Tanta gente a escrever, a publicar imagens, pintura, escultura, desenho, fotografia de reportagem e artística, vídeos, música, sei lá que mais! Em catadupa! Por quanto tempo mais?
Ter ou não ter mais que um blogue?
Com as facilidades que nos estão a ser concedidas por muitos e variados servidores, para não referir somente os que estão na moda, como os da Google/Blogger e Sapo, cada utilizador desta nova e revolucionária ferramenta da Net, segundo as minhas observações, abre em média 3 a 4 blogues, alguns sem grande actividade, é certo.
Quanto a mim tenho sentido a necessidade de 4 blogues: “dispersamente” (generalista), “dentro de ti ó leiria” (regional), “comentários em blogues” e “Freguesia da Barreira” (local).
Manter sites tradicionais?
Tenho vários sites activos (pouco): “leiria.no.sapo.pt”; “leiriana.net”; freguesiadabarreira.com” e outros que quase já lhes perdi o endereço.
Estou num momento de reflexão: vale a pena mantê-los?
O “leiria.no.sapo.pt” é, para mim, uma relíquia e um símbolo. Foi, talvez, o primeiro site particular a abordar temas generalistas sobre o concelho de Leiria, já lá coloquei variada informação e foi com ele que consegui manter-me, dentro das minhas naturais limitações (sou um simples amador que gosta de acompanhar as novas tecnologias, melhor, de não perder o comboio de alta(íssima) velocidade em que elas viajam).
Com o “leiriana.net” (domínio próprio) pretendo manter e marcar um lugar independente na Net.
Os demais, logo se verá.
E tantas outras interrogações!
A todo o momento estamos a ser confrontados com novos conhecimentos, novas técnicas, novos equipamentos, novo software.
Uma teia infernal!…
RESUMINDO, que não concluindo:
ESTOU-ME A SENTIR BEM A FAZER PARTE DESTA GERAÇãO BLOGUE
2006/12/24
Eu, asn, hoje.
De qualquer modo, foi assim que a câmara fotográfica me apanhou hoje, dia 24 de Dezembro de 2006.
Por baixo desta boina há muito pouco cabelo. E os globos de iluminação do jardim não sei se me iluminam o suficiente...
Sou o autor deste blogue, que eu próprio acho que não é grande coisa, tem muitas insuficiências, dispersa-se em demasia, contradiz-se com frequência, enfim, é um trabalho orientado por um homem...simples/humanista a toda a prova e muito interessado em observar e analisar o que o rodeia.
Não pretendo ser professor de nada nem de ninguém, não tenho pretensões em ensinar o que quer que seja, mas se puder ser útil nalguma circunstância estou sempre disponível. Assim os meus préstimos possam ter alguma utilidade.
Estou na blogosfera como Sou, tal qual.
DESEJO a TODOS os MEUS AMIGOS que me têm acompanhado nesta jornada de aventura pelo mundo dos blogues, quantas vezes, duma forma intimista, também algo/muito DISPERSA, como já devem ter confirmado,
UM FELIZ NATAL (Para os que querem acreditar nesta Quadra de Solidariedade, Fraternidade e alguma Religiosidade)
e
UM ANO de 2007, que não se apresente demasiado severo para com os Portugueses em particular e o Mundo em geral.
2006/12/19
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade
“Às vezes nestes Natais modernos, com tão poucas lareiras e tão pouco mistério, dou por mim a desejar que algum dos meus netos sinta o esvoaçar da camisinha azul e ganhe para toda a vida a força poética da imaginação.” Rosa Lobato de Faria in “Os Linhos da Avó”
Com que saudades recordo o Natal da minha meninice. O encantamento e a magia andavam no ar. Não havia luzes pelas ruas. Não havia árvores de Natal. Festejava-se o nascimento do Menino Jesus e era Ele que descia pela chaminé e nos deixava, no sapatinho, os presentes tão desejados. Que noite comprida a de 24 de Dezembro! Com que ansiedade esperávamos pelo alvorecer do dia 25! Teria o Menino Jesus escutado os nossos pedidos?
E o cheirinho a filhós e rabanadas fritas pela noite dentro! Que delícia! E o cabrito, o peru… e até o bacalhau parecia muito mais apetitoso pelo Natal!
E era o irmos apanhar o musgo e a construção do presépio. Lindo e todos os anos diferente. Mas sempre, em primeiro plano, a gruta com o Menino Jesus. Afinal era o Seu nascimento que se festejava.
E era a visita ao Convento dos Franciscanos para podermos ver o maravilhoso presépio articulado. Bastava colocar uma moeda e tudo ganhava vida.
Depois importámos o Pai Natal! Simpático velhinho, mas sem a magia do nosso Menino Jesus. Bem que tentei, com os meus filhos, conjugar a magia dos dois: o Pai Natal passou a ser o ajudante do Menino Jesus e vinha deixar um saco com os presentes à porta de casa. Só o mais velho da família, então o meu pai, o podia ver e falar-lhe. O maravilhoso que via nos olhos dos meus filhos e sobrinhos era fantástico!
E começámos a construir também a árvore de Natal, para além do presépio.
Entretanto chegaram os netos. Mas estes Natais modernos pouco ou nada têm de magia e mistério. Pouco têm até de espírito natalício!
Mas mesmo assim continuo a tentar que o mistério não desapareça. Lá vou telefonando ao Pai Natal, que já tem telemóvel, claro… E é também pelo telefone que ele me avisa que vai chegar e que os meninos se têm que retirar da sala para que lá sejam colocados os presentes. E, se bem que não acreditem a 100% nas minhas estórias, o certo é que a incerteza e a ansiedade ainda os dominam. A eles e a mim.
-
É Natal
E para aqueles que crêem,
E para os outros também,
Começa e febre das prendas
P’ra todos e p’ra ninguém.
Compram-se prendas pròs filhos
Pròs amigos e prà mãe.
Compram-se até presentinhos
Para os bichinhos também.
É Natal
E por aqueles que crêem,
E pelos outros também,
São espalhadas muitas luzes
Para que lembrem Belém.
Brilham luzes pelas ruas,
Brilham nas lojas, nos lares;
Há mil árvores de Natal,
Músicas se ouvem nos ares.
Mas no coração dos homens,
Apesar de ser Natal,
Dos que crêem e dos outros,
Em vez o bem reina o mal.
Era bom que todos eles,
Acreditem em Deus ou não,
Deixassem que tanta luz
Lhes entrasse no coração.
E se assim fosse, quem sabe?
Houvesse paz afinal.
E teríamos, então, na Terra
O verdadeiro Natal.
Zaida
Itália, 1949. A. Giannetti - Centro Bíblico dos Capuchinhos (Fátima)
-
“Dia de Natal
Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
……………………………………………………
Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade,
Glória a Deus nas Alturas.”
António Gedeão
2006/12/18
BOM NATAL 2006
APPA - Associação de Pais, Professores e Alunos. (mais presépios, a seguir)
Os artistas/artesãos são alunos do 5º e do 6º anos. Claro que parece vislumbar-se uns dedinhos "invisíveis" de "ajudas" de inspiração "divinais".
...E já agora, desejos de um Felicíssimo NATAL, com esta foto, tirada hoje de manhã, em Leiria, no Largo da Sé, fazia muito nevoeiro. O dia, no entanto, está lindo, cheio de Sol...
2006/12/15
Cartas do Peru dos Olivais
Dada a minha ligação com a família Paiva, que acabei por integrar a partir de 1968, é natural que me tenha disponibilizado de há mais de uma década, a divulgar o seu nome e a sua obra, sempre que me surja alguma oportunidade.
Aconteceu que, muito recentemente, por via dos contactos que se vão estabelecendo através desta teia dos blogues, a minha querida amiga “menina_marota” (nome de blog), porque também comunga deste sentimento de admiração pelo poeta Acácio de Paiva, utilizou o seu sítio na Net para o divulgar, com a maestria que os bloguistas lhe reconhecem, dois poemas bastante representativos do estilo deste poeta da primeira metade do séc. XX. Época em que viveu, que poeta é e continuará a ser devidamente considerado, ad eternun.
Nesta oportunidade quero deixar aqui expressos os meus agradecimentos à disponibilidade desta amiga que mais justificados se tornam já que há dias me enviou uma belíssima gravação das “cartas do Peru dos Olivais” poemas de referência do talento e da consagração de Acácio de Paiva. A voz que encorpou esta singela homenagem é do Luis Gaspar e pode ser apreciada seguindo o link http://www.truca.pt/boas_festas.mp3 .
Serve-se, acompanhada com o arroz dos miúdos.
2006/12/14
O entusiasmo dos Blogues
Entretanto, a Blogger garante-nos que não há problemas, que têm cópias de segurança nos servidores. Acontece, porém, que já se sabe que os blogues alojados neste impressionante servidor já andam à roda dos 90 milhões e que este número continua a crescer exponencialmente todos os dias.
De tal modo a “Google” nos tem facilitado o acesso a este e outros serviços gratuitos, como o e-mail a 2 Gigas de capacidade, que a concorrência, Microsoft incluída, já não sabe o que fazer à vida. Em Portugal, por exemplo, temos o caso do Sapo, que, parece-me, está a atravessar momentos de grandes incertezas quanto a rumo a dar à sua estratégia de marketing.
Parece-me a mim que não estarão a trilhar o melhor caminho, porquanto:
1) Páginas pessoais grátis: tenho uma página http://leiria.no.sapo.pt/ em actividade desde 2000. Ultimamente estou a ser confrontado com a indisponibilidade manifestada pelo Sapo para me permitir actualizar a dita página web directamente através do meu próprio utilitário de FTP, o que sempre fiz. A razão invocada tem a ver com o facto de eu não aceder à Internet através deste servidor. O que se passa é que, no local onde vivo, lamentavelmente, apesar de estar a 5 Km do centro da cidade de Leiria, não tenho acesso ao sinal de ADSL nem de cabo. Nessa sequência, acabei por optar pela placa 3G da Vodafone. Mesmo assim, o acesso por FTP à minha página está cortado. Lamenta-se este facto, tanto mais que já dei estas explicações àquela entidade. Além disso, esta página já está referenciada nos motores de busca e constitui uma ajuda a não desprezar para quem necessitar de informações sobre o Concelho de Leiria.
2) As contas de e-mail grátis de 25 MB não têm possibilidade de competir com as de 2 Gb do Gmail.
3) As possibilidades dos serviços da Google associados à conta que nos estão a atribuir gratuitamente são imensas, não temos como resistir a tanta “bondade”.
4) A zona de comentários dos Blogs do Sapo levantam diversos obstáculos aos utilizadores que não sejam os seus próprios. A Blogger nem por isso, facilitando mais a postagem de comentários por não utilizadores “blogspot.com”.
Ora bem.
Tudo isto para deixar aqui a informação de que, após muitas hesitações, lá me decidi a mudar para a plataforma Beta da “Blogger”. Andei um tanto ensarilhado com esta operação quando optei por optimizar a nova apresentação do Blogue. Estava a perder links e outras alterações que tanto trabalho me tinham dado a colocar no “Template” anterior. Por acaso, os informáticos da Google deviam ter previsto esta mais que provável atrapalhação de muitos bloguistas e lá consegui descobrir que podia retomar a configuração clássica sem ter que voltar para o Blogger antigo, operação essa que já seria impossível. Um alívio. Desta forma não perdi dados que havia acrescentado na barra lateral de navegação, tais como “recomendações”, contadores e outras notas.
Pelo que me apercebi ainda tenho muito que aprender para tirar o máximo partido da minha conta “gratuita” da Google.
Com o tempo e muito entusiasmo a coisa há-de ir.
Penso eu!...
2006/12/10
Afonso Lopes Vieira e o Jacarandá
2006/12/09
Uma tarde em família
resolvemos, eu e a Zaida, ir até ao Pedrógão, passar uma tarde em família. Com o Zé Paiva, a Fátima e a Ana Paiva, não sabíamos se estaria mais alguém. E estavam, confirmámos. Para começar, a Nina encarregou-se de nos chamar a devida atenção para a sua presença.
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O Toino Prestes, esse grande amigo de longa data, daqueles que nós vemos a envelhecer connosco, os anos a passarem céleres, os robalos a fazerem-nos caretas (muito mais a mim, que sou menos persistente e muito menos sabedor da arte de bem pescar à linha...ah e o Zé a fazer kilómetros, praia acima, em direcção ao Norte, a corricar...etc etc) também se fez presente, bem assim como a Sofia e os pais. Ao fim do dia, acabámos a jantar uma chanfana à moda da Sofia, que estava uma delícia. Ora digam lá que não. E não se mostra o prato todo, não vá por aí alguém descobrir o segredo da receita!
2006/12/07
Boas Noites e Feliz Quadra Natalícia!
Será que o barrete virado para a direita, o V da vitória/virtude/virtuoso e o braço esquerdo no ar tem algum significado político/social? Cheira-me a qualquer coisa...
2006/12/04
Saudade
Numa rara ocasião de lazer
Dei comigo a vaguear pela cidade
O que andava eu por ali a fazer!?
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O tempo estava mortiço, chuvoso
Meti-me a pé até à "Boa Leitura"
No regresso ao longo do rio, formoso
Dei com o Outono nesta candura!
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-Plátanos a ficar sem folhagem, amarelecida, o rio Lis a correr, lânguido.
Qual a pressa? Parecem observar as árvores que o bordejam!...
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Fontes de inspiração:
1) Luís - BUFAGATO
2) Uma tarde de Outono nas margens citadinas do Rio Lis;
3) Os plátanos, imponentes, já duma certa idade, tantos que eles são, em Leiria...
2006/12/03
Fortes razões.
Em Agosto do ano que corre rapidamente para o seu términus, tive ocasião de ficar a conhecer razoavelmente a Terceira. Durante essa estadia tirei a fotografia que agora coloco, em jeito de logotipo, na ombreira desta porta que se abre para o mundo e que tem por nome "dispersamente". As razões que justificam esta escolha serão muitas e dispersas...tão dispersas!
Ocorreu-me sem qualquer pretensão, simplesmente ao ritmo do voo incerto, disperso, dos pássaros, do tempo, da terra/mar/céu/nuvens, ligar este símbolo a Fernando Pessoa.
Fernando Pessoa tinha origens açorianas. A sua mãe era filha de uma ilustre família da Terceira.
A frase que legenda a foto, reparei nela, muito recentemente, agora que me estou a dar ao privilégio de tentar perceber melhor a vida e a obra fantástica de Fernando Pessoa. Porquê só agora, quase seis décadas de vida são passadas?
Os tempos estão em permanente mudança, rumam para a inevitável globalização?...mas não podemos dispersarmo-nos a ponto de perdermos de vista os sítios das âncoras da nossa cultura!
2006/11/29
Parabéns!...
Parabéns a você
Sabem quem faz hoje aninhos?
Onze, mais concretamente?
A Mafalda? Acertaram!
É ela, precisamente.
Onze anos já passaram
Desde que ela nasceu.
De então até agora
Só alegrias me deu.
Porque ela é, acreditem,
Uma menina adorável.
Bonita, cheia de vida,
Ternurenta e afável.
E se onze anos já fez
Muitos mais eu lhe desejo.
Parabéns, querida netinha,
Abracinhos e um beijo.
Avó Zaida
-
Faço meus os versos da avó. É como se eu próprio os tivesse escrito. Sinto-os da mesma maneira!
Avô Tó
Legalização do Aborto ou...
"Nos termos que me foram propostos pela Assembleia da República e cuja constitucionalidade e legalidade foi dada por verificada pelo Tribunal Constituc ional, decidi convocar para o dia 11 de Fevereiro de 2007 a realização do refere ndo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez".
A campanha para o referendo sobre o aborto vai decorrer entre 30 de Janeiro e 09 de Fevereiro. (Agência Lusa)
19h00
Em bom rigor qual a diferença visível entre estas duas formas de expressão?
É que o público em geral (o povo) é constituído pelos "entendidos" na matéria e os que se baralham com estes subterfúgios de linguagem.
2006/11/26
Um livro de 1916 - Samuel Maia
.Não conhece o médico e ilustre escritor Samuel Maia?
..
Nome: Samuel Domingos Maia de Loureiro
Nascimento: 1874, Ribafeita, Viseu
Morte: 1951, Lisboa
Médico, romancista, poeta e dramaturgo
Em 1929, um artigo no parisiense "Le Figaro"(*) sobre os escritores mais importantes de Portugal refere-se a Eugénio de Castro, Augusto Gil, António Nobre, Aquilino, Samuel Maia, Lopes de Mendonça e Ferreira de Castro (FRANÇA: 129). Ou seja, o ´autor viseense gozava então de uma incontestável centralidade, o que, talvez por força dos modismos, até dos próprios profissionais da literatura, não se verifica na actualidade.` (Martin Sousa)
Também já me referi a Samuel Maia em post anterior.
Hoje volto a este assunto derivado a uma circunstância algo invulgar. Há dias recebi um e-mail com remetente que se identificou como sendo de Leça da Palmeira e que me anunciava que tinha de sua posse o livro “Mudança d´Ares” de Samuel Maia.
Muito gostaria de saber das voltas que este livro terá dado desde a data da sua publicação em 1916. O meu interlocutor refere-se ao espólio de uma herança e que tinha muita pena se este livro acabasse por ter um destino menos digno. Soube que eu me interessava pelo trabalho de Samuel Maia, através de tentativas ensaísticas publicadas na Net baseadas no trabalho de Martin Sousa. Por sinal, este investigador, na altura da publicação do seu trabalho, mostrava-se indeciso quanto à data da publicação deste livro: 1915?1916?
Resumindo e concluindo: aquele livro acabou por me chegar às mãos.
Foi com grande emoção que o folheei, muito velhinho mas conservado, com todas as folhas, capa e contracapa. Trata-se de um romance, muito entrelaçado com cartas de Lisboa para a Beira Alta e vice-versa. Foca interessantíssimos aspectos da vida daquela época, quer na cidade de Lisboa, quer nas terras do interior Beirão, centralizado muito na zona da freguesia de Ribafeita, em Viseu – segundo as minhas deduções, após a sua leitura.
A minha emoção é mais particularmente intensa porque o Dr. Samuel Maia foi uma figura incontornável ligada à minha aldeia natal. Foi senhor da Quinta do “Cimo do Povo”, uma referência importantíssima para o lugar de Casal, ainda hoje, e que continua nas mãos de um seu neto.
Tempos houveram em que a população do Casal de Ribafeita vivia, numa grande medida, do trabalho "à jorna", nas terras do Dr. Samuel Maia, que eram muitas.
Ainda me lembro, nas minhas frequentes e prolongadas idas à aldeia, de ver grupos de mulheres a irem “para as ceifas” da cevada e do centeio. À noite juntavam-se todas numa grande sala, lá dentro uma grande mesa, na qual ceavam à farta.
Também fazia parte da “paga” a autorização para ir apanhar em determinado dia, cerejas das boas e vistosas cerejeiras, que havia nas ditas propriedades do Dr. Samuel Maia/herdeiros.
Em tempo: (26 Out 2013):
Rntretanto, escrevi um livro "Falando de Acácio de Paiva", ed. da Junta de Freguesia de Leiria, 2013, em que faço vaárias referências a "Samuel Maia" pelas suas íntimas ligações literárias, jornalismo e amizade que manteve com Acácio de Paiva. Muito se pode ler consultando este blogue em "Acácio de Paiva" e, principalmente, o livro.
Brevemente, penso poder disponibilizar o livro on-line.
2006/11/24
Os Blogues anónimos e os outros
O semanário “Região de Leiria”, saiu hoje com uma extensa reportagem sobre “o mundo dos blogues”.
Em síntese, essa reportagem pretende relacionar os blogues com cinco chavões a que deu especial ênfase: Denúncia, calúnia, propaganda, política, boato. Reportagem essa que é apresentada em 1ª página com a foto/montagem que se reproduz a seguir.
Não me vou alongar em grandes considerações acerca dos possíveis objectivos mediáticos daquela reportagem. De qualquer modo a ideia com que fiquei foi que se pretendeu passar para o público uma ideia menor do que é o mundo dos blogues.
Só para vossa orientação, caros leitores, aqui deixo alguns sub-títulos desse trabalho:
Blogues agitam política local;
Autarcas negam acompanhar os novos fóruns electrónicos;
Partidos atentos;
Do blogue para o tribunal;
Foi você que pediu um boato?;
Anonimato não é uma garantia absoluta;
Padre blogger sem papas na língua;
As caras por detrás dos blogues.
Referindo-se aos blogues da região constata-se que foram referenciados:
Ourém- 6; Pombal – 5;Porto de Mós – 5; Leiria – 1; Batalha – 3
Como se pode ver, Leiria enquanto concelho, capital de Distrito, só lhe descortinaram um blogue.
Eu sei que há mais…
Centenário de um grande poeta - ANTÓNIO GEDEÃO
Que não era nada feio
O que tinha de extraordinário
Era um feitiço no meio"
IMPRESSAO DIGITAL
Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros, gnomos e fadas
num halo resplandecente.
Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? Sâo moinhos.
Vê gigantes? Sâo gigantes.
António Gedeão
2006/11/22
"O sonho é ver as formas invisíveis" - Fernando Pessoa
Vou ser, mais uma vez, avô no feminino!
Estou muito contente!
E a avó, toda vaidosa, já foi “pôr a render” algumas economias!
Olhem-me só para isto!...
Do Sonho à Realidade
Em sonhos eu vejo-te
em sonhos eu sinto-te
em sonhos eu oiço-te
em sonhos eu sorrio-te
e tu sorris-me
Em sonhos vejo-te
e já te amo muito
Carolina
E sonho com o dia
em que,
milagre da vida e do amor,
poderei ver-te, sentir-te,
abraçar-te…
e orgulhar-me
de ser novamente
AVÓ.
Zaida
2006/11/19
Um Sábado em pleno
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De tarde lá foi a família toda ver o Gui às piscinas Municipais de Leiria a participar no "Festival dos Tubarões".
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À noite, começámos por ir à "Festa da Luz" na Igreja do Telheiro. O Gui, no 3º ano de catequese, foi participar na cerimónia, muito simbólica nesta fase de sensibilização para a religião católica, do reacendimento da vela do baptismo. A cerimónia consiste em renovar a Luz da vela do baptismo com a luz recolhida do Círio Pascal.
Uma cerimónia cheia de simbolismo e carregada de significado...
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A partir das 21 horas, sessão de lançamento do livro "Artur Agostinho" - 50 perguntas, da autoria de Adélio Amaro, que passará a ser o 1º de uma nova colecção que vai apresentar várias personalidades de relevo nacional utilizando o formato "50 perguntas, 50 respostas".
O Autor e o personagem central do livro, Artur Agostinho, presentearam a asistência com brilhantes palestras.
A apresentação do livro esteve a cargo do Dr. Acácio de Sousa, Director do Arquivo Distrital de Leiria.
Todos os membos da Mesa usaram da palavra, permitndo-me eu, refeir a intervenção da Dra. Emíla Maria Agostinho, presidente da Associação humanitária "A nossa âncora", a favor da qual reverte uma parte da receita da venda deste livro. Custa somente 10 euros.
Através da sequência fotográfica que a seguir se apresenta poder-se-á ficar com uma ideia do quão interessante se revelou este serão:
Da esquerda para a direita: Adelino Mendes, em representação do Governador Civil de Leiria; Acácio de Sousa, Adélio Amaro, Artur Agostinho, Isabel Damasceno (Presidente da C.M. de Leiria), Américo Batista Santos (Juiz jubilado) e Emília Agostinho (filha de Artur Agostinho). Na parte extrema da esquerda da Mesa estava presente Vitor Ramos, artista plástico e indefectível amigo de Artur Agostinho, que estava no uso da palavra e não ficou nesta fotografia, visualmente, mas as suas palavras pressentem-se, pelo menos para quem o conhece e para quem esteve no Auditório da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Leiria.
Mais pormenores sobre esta nobre associação em www.anossaancora.pt
Grupo Coral Cantábilis sob a orientação do Maestro Vicente Narciso. Uma brilhante actuação, interpretando "Camarinhas" (1 das 1027 recolhas do Cancioneiro Popular da Câmara Municipal de Leiria), "Um pequeno quadro", de Afonso Lopes Vieira e "Leiria", de Marta Azevedo.
Tuna "Tuma Acanénica da Escola Superior de Educação de Leiria", organizadora que é do "Real Festival das Tunas Académicas", no decorrer do qual atribuem o Prémio D. Dinis, seu patrono.
Interpretaram "Fausto", "Fado a Leiria" e "Serenata".
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Seguiu-se uma sessão de fados pelo grupo "Entre Linhas". Uma actuação muito agradável.
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Por último, teve lugar a sessão de autógrafos concedidos pelo autor, Adélio Amaro e pelo homenageado, Artur Agostinho, que foi quem me deu, nessa altura, a triste notícia de que o Benfica, que jogava nessa noite, tinha acabado de perder 3-1 com o Braga. Mais um ano de desengano no horizonte dos Benfiquistas!...
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* Mais pormenores sobre este livro em
http://dispersamente.blogspot.com/2006/11/um-livro-sobre-artur-agostinho.html
2006/11/17
Snra. Doutora, minha irmã
Irão desculpar-me os leitores deste pobre blogue, tão disperso, tão beirão, intimista também.
Não posso, não quero resistir à vontade que tenho de fazer alarde que a minha irmã mais nova acabou de se Doutorar em "Linguística Portuguesa" na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Como não tenho de minha posse, para já, outro material mais recente, deixo aqui, expostas, a capa (acima) e a contra-capa (parciais), dum seu livro baseado na tese de Mestrado na mesma área do recente doutoramento:
Edição: Imprensa Nacional-Casa da Moeda
Capa: Luis Moreira
ISBN: 972-27-1187-3
(Colecção: filologia portuguesa; dirigida por IVO CASTRO)
2006/11/16
CARTOONISTA F´SANTOS em destaque
Em S. João da Madeira, na cidade onde existe a única fábrica de lápis portuguesa, vai ser inaugurada, no próximo dia 17, sexta-feira, pelas 19 horas, a exposição “O Sorriso do Lápis”, que reúne um conjunto de “cartoons” do arquitecto Ferreira dos Santos. Este autor, premiado internacionalmente, nasceu em Cucujães e desde 1970 que tem publicado os seus trabalhos dedicados, muito especialmente ao Urbanismo e ao Ambiente, na comunicação social portuguesa e estrangeira.
2006/11/15
ANACOM, a PT, a SONAE e o GOVERNO
A última polémica que se está a levantar tem a ver com as divergências entre a Adc (Autoridade das comunicações)e a ANACOM sobre a necessidade de se dispor de mais tempo do que o que estava previsto inicialmente para se pronunciar em definitivo sobre as condições em que o mercado das comunicações passará a funcionar em termos de competitividade e concorrência, após a efectivação da compra da PT pela SONAE.
O Presidente da Adc e o Ministro das Obras Públicas e Transportes pelo que já se está a ver na comunicação social andam de candeias às avessas: a ANACOM mantém a sua posição de intransigência quanto à necessidade de se ponderar esta questão de relevância fulcral para o futuro das comunicações em Portugal. A Sonae e o Governo invocam os graves transtornos que estão a ser causados a várias partes com esta dilação do prazo inicial.
A verdade é que:
“A ANACOM é, pois, a autoridade reguladora das comunicações postais e das comunicações electrónicas, conforme resulta da própria lei de bases dos serviços postais (artigo 18º da Lei n.º 102/99, de 26 de Julho) e da lei das comunicações electrónicas (artigos 4º e 5º da Lei n.º 5/2004, de 10 de Fevereiro).
A ANACOM tem por objecto a regulação, supervisão e representação do sector das comunicações.
Para o efeito, são atribuições da ANACOM:
1 - No âmbito da regulação do mercado: garantir o acesso dos operadores de comunicações às redes, em condições de transparência e igualdade; promover a competitividade e o desenvolvimento nos mercados das comunicações, nomeadamente no contexto da convergência das telecomunicações, dos meios de comunicação social e das tecnologias da informação; atribuir os títulos de exercício da actividade postal e de telecomunicações; assegurar a gestão do espectro radioeléctrico, garantindo a coordenação entre as comunicações civis, militares e paramilitares, e a gestão da numeração no sector das comunicações.”
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2006/11/14
Um destaque digno de registo...
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"Neste lugar pitoresco, encontra-se uma artística residência rural onde viveu a família do poeta Acácio de Paiva. No pátio abarrocado chama a atenção a fonte de pedra setecentista."
2006/11/13
OLÁ!
2006/11/12
LEIRIA - História de uma estátua
A estátua ao Papa Paulo VI foi apeada e vai ser recolocada no pedestal que se vê no lado esquerdo da foto. Naqele preciso momento, na Sexta-Feira passada, procedia-se a retoques de restauro e conservação. Vêm-se em plena produção duas técnicas especialistas do Departamento de Conservação e Restauro da Fauldade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Muito sumariamente passo a narrar a história daquela estátua:
2006/11/10
No dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho
O ditado é português e a tradição bem portuguesa também. Aliás, tradição que não se estende só ao S. Martinho, mas a todo o ano. Faz parte da arte de bem receber do nosso povo o convite para entrar na adega e provar o bom vinho de cada um. Normalmente acompanhado por um bom chouriço ou presunto caseiros. Tradição agradável, simpática e, porque não dizê-lo, bem saborosa também. Mas cuidado com as provas…
A propósito lembrei-me da lenda do vinho, uma mistura remota da mitologia grega com muito imaginário popular.
Dioniso, deus grego do vinho (correspondente a Baco, o deus romano) numa das suas muitas viagens reparou numa planta que não havia na sua terra – a videira. Então resolveu levar algumas sementes quando pensou em regressar a casa. Como não tivesse onde as transportar, lembrou-se de o fazer dentro de um osso de galo. E começou a sua caminhada de volta a casa. Mas as sementes germinaram e não cabiam no osso de galo. Então Dioniso passou as plantinhas para um osso de leão. Prosseguiu viagem. Mas as plantas continuaram a desenvolver-se e não cabendo dentro do osso de leão foram passadas para um osso de burro.
E aí está a explicação: se se bebe um pouco de vinho, fica-se alegre e canta-se como o galo; se se bebe um pouco mais, mas dentro dos limites, fica-se forte como o leão; mas se se abusa, oh, então fica-se estúpido como o burro!
2006/11/09
O Funcionário Público
terrível, assanhado como um gato,
esse manga d´alpaca timorato,
por tradição tão manso, tão submisso?
- Ah! Vocês não me pagam? Ele é isso?
Vocês supõem que não quebro um prato?!
(Exclamou). Pois vão ver como eu os trato!
E pronto! Nunca mais foi ao serviço.
O triste resultado viu-se em breve;
o abalo em toda a parte foi profundo;
o mal que produziu não se descreve.
Imaginem agora que os secundo.
Se os sonetos suspendo e faço greve
não há que duvidar! Acabou o mundo!
Acácio de Paiva
Insigne poeta Leiriense
(1ª metade do séc. passado...)
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